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Transporte

Sindimoc pede multa por atraso salarial e volta a falar em greve de ônibus em Curitiba

 | Henry Milleo/Gazetea
(Foto: Henry Milleo/Gazetea)

Um novo elemento pode complicar ainda mais a já delicada negociação entre as empresas de ônibus e os trabalhadores: o Sindicato dos Motoristas e Cobradores de Curitiba e Região Metropolitana (Sindimoc) ingressou com um dissídio coletivo no Tribunal Regional do Trabalho (TRT-PR).

A entidade pede multa diária no valor de R$ 1 milhão para as empresas que atrasarem os pagamentos de motoristas e cobradores de novembro, dezembro ou janeiro, incluindo o 13º salário. A ação foi ajuizada na tarde dessa quinta-feira (3), após o Sindicato das Empresas de Ônibus de Curitiba e Região Metropolitana (Setransp) voltar a afirmar que não há dinheiro em caixa para os pagamentos.

Indicativo de greve já está aprovado

Diante do novo alerta por parte do Setransp, a Urbs estuda realizar outro adiantamento para evitar nova paralisação. De acordo com o Sindimoc, a categoria não precisa mais realizar assembleia para abrir indicativo de greve, pois na realizada na última sexta-feira (27) os trabalhadores aprovaram indicativo para todos os atrasos que venham a ocorrer nas próximas folhas. Isso significa que se o salário de novembro não for pago até a próxima segunda-feira (7), terça-feira (8) terá paralisação de novo.

O Sindicato das Empresas de Transporte (Setransp) informou não ter sido notificado sobre o dissídio. Procurada pela reportagem, a assessoria da Urbanização Curitiba S/A (Urbs), empresa que economia mista que administra o sistema de transporte, não foi localizada.

Impasse continua o mesmo

Na semana passada, o Setransp já havia informado, via ofício, que as concessionárias atrasariam os vencimentos. A justificativa era de que os repasses feitos pela Urbanização de Curitiba (Urbs) não são suficientes para cobrir os custos do sistema de transporte coletivo.

Na terça-feira (1º), os trabalhadores chegaram a fazer greve parcial devido ao atraso da primeira parcela do 13º, que deveria ter sido paga até 30 de novembro. A paralisação só não se estendeu porque a Urbs adiantou R$ 5 milhões para que o pagamento fosse feito, após intensa negociação mediada pelo Ministério Público do Trabalho (MPT-PR) no início da semana (30).

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