O sistema de sismologia instalado em torno do reservatório da Hidrelétrica de Itaipu, em Foz do Iguaçu, captou o terremoto de 6,7 graus na Escala Ritcher que atingiu o norte da Argentina às 2h07 desta segunda-feira. Apesar de não haver confirmação de ser o mesmo, moradores de alguns bairros de Dois Vizinhos, no Sudoeste do estado, e de Cascavel, no Oeste, também disseram ter sentido o tremor durante a madrugada.
Assim como o Serviço Geológico dos Estados Unidos (USGS, sigla em inglês), os sismógrafos da usina registraram as variações provocadas pelo abalo sísmico que teve o epicentro identificado a 588 km de profundidade, na província de Santiago Del Estero, a cerca de 1,1 mil km da fronteira. De acordo com as medições, o terremoto liberou energia equivalente à de oito bombas atômicas iguais às deflagradas em Hiroshima, no Japão, durante a 2ª Guerra Mundial.
Em nota, o gerente da Divisão de Engenharia Civil e Arquitetura de Itaipu, engenheiro Cláudio Porchetto, explicou que este tipo de tremor não oferece riscos por ter ocorrido a uma grande profundidade. Apesar de as ondas de propagação terem sido registradas pelos sete sismógrafos de Itaipu às 2h09 - pouco depois do abalo na Argentina -, os demais instrumentos que monitoram a estrutura da barragem não registraram nenhuma alteração.
Ainda de acordo com o engenheiro, a rede da binacional não tem como mensurar se a propagação foi sentida em outras cidades como Cascavel e outras regiões do estado, onde houve relatos da população de um tremor no mesmo horário. "Isso depende de sismógrafos locais", completou. Segundo o Corpo de Bombeiros de Cascavel, os socorristas receberam apenas uma ligação relatando o abalo, de um morador de um prédio do centro da cidade que se assustou com o tremor.
