Aparelhos já estão em teste em duas vias da capital| Foto: André Rodrigues/Gazeta do Povo

Quando acaba a energia elétrica, o trânsito se torna caótico: os semáforos param de funcionar e os motoristas ficam sem saber o que fazer. O resultado vem em forma de congestionamento e, eventualmente, até acidentes. Para tentar diminuir esses problemas, aparelhos que reservam energia devem ser instalados nas principais vias da capital.

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INFOGRÁFICO: Veja como vai funcionar o sistema

A Secretaria Municipal de Trânsito (Setran) chegou a procurar tecnologia em feiras no exterior, mas acabou encontrando em Curitiba uma empresa que já estava testando modelos. Conhecido nos meios tecnológicos como no break, o sistema acumula energia e supre os aparelhos eletroeletrônicos quando há sobrecarga ou apagão. A secretária Luiza Simonelli lembra que toda a vez que acontece problemas na rede elétrica é preciso remanejar agentes de trânsito que estão em outras atividades para tentar colocar ordem nos cruzamentos.

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Os acumuladores de energia foram instalados, ainda em fase de teste, em dois pontos da cidade: na Rua Mariano Torres e na Avenida Affonso Camargo. Mês passado, a energia caiu em uma das esquinas e os motoristas nem notaram, uma vez que a reserva foi acionada imediatamente. Depois de realizados testes, técnicos da Setran vão fazer laudos sobre o funcionamento do sistema.

No temporal do dia 3 de outubro do ano passado, quando 19 bairros da capital ficaram sem energia elétrica, aproximadamente 200 cruzamentos tiveram os semáforos desligados. A prefeitura não tem levantamento de quantas quedas de energia geram problemas no trânsito ou quantos acidentes estão relacionados a esse tipo de falta de sinalização.

Também foi desenvolvido um sistema móvel para chegar até os cruzamentos que não terão o sistema fixo. O no break com rodinhas deve ser acionado principalmente em caso de desligamento programado pela Copel.

Curitiba tem 1.140 pontos semaforizados (cruzamentos com um ou mais sinaleiros) e cerca de 30% devem receber os aparelhos para reserva de energia. Dependendo da quantidade de lâmpadas e da capacidade do acumulador de energia, o sistema é capaz de suprir a energia por seis horas, em média. Depois, o semáforo entra em alerta. Em valores unitários, o conjunto necessário para cada cruzamento custa de R$ 3 mil a R$ 5 mil. A estimativa é de fazer a licitação para a aquisição dos aparelhos até o início do ano que vem.

Assim como o sistema de radar por velocidade média, as inovações tecnológicas que estão sendo testadas no trânsito de Curitiba, que incluem também o semáforo para idosos e o pagamento de estacionamento via celular, fazem parte de um projeto que abriu a possibilidade de empresas apresentarem protótipos e sugestões à prefeitura.

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