Curitiba passa a contar a partir desta quarta-feira (11) com um sistema de monitoramento de chuvas. O programa servirá como prevenção de desastre para os moradores de áreas de risco, sujeitas a enchentes, deslizamentos ou enxurradas. A Secretaria de Meio Ambiente do município informa que por meio de coordenadas que incluem velocidade de ventos e pluviometria será possível alertar as regionais da cidade e chegar à população das áreas de risco. Dessa forma, o projeto visa evitar danos maiores em casos de desastres ambientais, como temporais.
A prefeitura foi utilizou o sistema em outras situações antes de ser anunciado oficialmente. Segundo o secretário de Meio Ambiente Renato Lima, são usados onze pluviômetros em diversos bairros de Curitiba. “Esses pluviômetros captam as chuvas em todas as áreas da cidade, começando pela região norte. Em Curitiba os rios nascem no norte e correm para o sul. Sabendo como estão os rios no norte podemos imaginar como vão subir os rios no sul”, explica.
Prefeito afirma que irá realocar famílias em área de risco
Algumas das áreas monitoradas pela prefeitura estão sujeitas a enxurradas e inundações por causa da falta de drenagem, como ocorreu na chuva do dia 4 de fevereiro e que causou a cheia rápida de rios que cortam os bairros Alto da XV, Hugo Lange e Jardim Social. O prefeito Gustavo Fruet diz que o poder público pretende manter ações de retirada de famílias de áreas de risco e investir em parques lineares.
O objetivo é recuperar os rios Belém, Barigui e Iguaçu. “Já fizemos a realocação de mais de 1000 famílias, que estavam em áreas sujeitas a inundação e estamos recuperando essas áreas. Não dá só para fazer limpeza. Temos que recuperar ou renaturalizar os cursos dos grandes rios”. O prefeito, porém, não dá uma solução para casos como os rios canalizados de bairros da região central e que transbordam e causam inundações. “São canalizações antigas, dimensionadas em uma época em que não tinha essa preocupação. Não eram os mesmos critérios de hoje”, diz.
Para garantir a prevenção de danos à população, o sistema também conta com informações cedidas pelo Centro Integrado de Defesa Aérea e Controle de Tráfego Aéreo (Cindacta II), coordenado pela Aeronáutica. “O Cindacta faz radar aeronáutico, por satélite, com previsão das próximas horas. Com isso, podemos começar a tomar medidas no trânsito, nas regionais e na saúde, se for o caso”, diz Lima. Quatro níveis de alerta são usados, de acordo com a velocidade dos ventos e a pluviometria, o que gera alertas à cidade e a consequente ação .
A prefeitura trabalha também com informações do sistema de monitoramento de desastre estadual. A intenção da prefeitura, entretanto, é concentrar o foco das ações em situações locais. Alguns pluviômetros instalados pelo governo federal na parte norte da região metropolitana, onde nascem rios que chegam a Curitiba, devem auxiliar no sistema curitibano.
A prefeitura informa que, com esse programa, passa a trabalhar também com a criação de grupos de resiliência. Segundo o secretário, os moradores de área de risco terão a possibilidade de realizar capacitações sobre como se prevenir em caso de desastres ambientais. “Vamos explicar a essa população como funciona [o sistema], quais os perigos associados, como se defender disso para ter menos prejuízos”, diz Lima.
Uma ação associada a esse programa, conforme explica o secretário, são os mapas de risco de rios que cortam o município. Entre os anos de 2014 e 2015, foram mapeados os rios Ponta Grossa e Atuba. Para os próximos dois anos projeta-se que pelo menos mais dois sejam mapeados. Um critério adotado para fazer o estudo é a densidade populacional e a vulnerabilidade da população que vive perto desses rios – ou seja, se há necessidade de atender a esses moradores em caso de risco de enchentes ou deslizamentos.
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