O pastor Omar Zaracho se negou a realizar uma celebração para casal de homossexuais e sofreu ataques| Foto: Instagram/ @celebrantewedding
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O pastor Omar Zaracho, que ficou conhecido no ano passado por ter se recusado a celebrar um casamento entre duas mulheres, informou que acionou o Ministério Público do Rio de Janeiro para tentar reaver a sua conta que foi cancelada em um dos maiores portais de casamentos do Brasil, o casamentos.com.br. Omar diz que já tentou reativar o perfil que dava visibilidade ao seu trabalho, mas recebeu uma negativa do portal, com a impossibilidade de criar uma nova conta.

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"Não é possível acessar o link ou o menu da vitrine em questão pois este perfil foi desativado. Cumpre destacar que tampouco poderá criar uma nova vitrine em nosso portal", diz mensagem da plataforma.

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Após ser impedido de divulgar no site, Omar diz que teve o seu trabalho de celebrante de casamentos prejudicado. O religioso atribui a derrubada do perfil a discriminação religiosa.

"É um caso de intolerância religiosa, acredito que eles me tiraram por eu ser evangélico e pela repercussão de alguns jornais, me condenando como homofóbico, algo que não sou. Inclusive, tenho tive colegas de trabalho e me dei bem no convívio, mas o problema é a militância querer impor a sua crença", diz o pastor.

Antes de acionar o Ministério Público, a defesa do pastor encaminhou, em setembro do ano passado, uma notificação extrajudicial para o site de casamento, mas não obteve sucesso. Os advogados também acionaram o Reclame Aqui e o Procon, que não resolveram o problema.

O site reúne mais de 71 mil fornecedores de casamentos e conta com um espaço exclusivo para os profissionais divulgarem o trabalho, além de receber pedidos e feedbacks de clientes.

Em nota enviada a Gazeta do Povo, o site de casamento informou que atua em "defesa da inclusão" e que "respeita as crenças pessoais e religiosas de cada um", mas afirma que um profissional, ao se registrar no site, deve "concordar em atender cada casal da melhor maneira possível".  Ao tomar conhecimento do caso do pastor, "que se recusou a atender um casal homoafetivo", o site declarou que a postura viola a sua "política de não discriminação" e, por isso, tomou a "providência de retirar o celebrante" do marketplace de fornecedores.

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"Não permitimos discriminação de qualquer tipo por parte ou contra nossos consumidores, fornecedores, convidados ou funcionários e, de acordo com nossos termos de uso, reservamo-nos o direito de tomar medidas, incluindo a remoção do perfil de fornecedores do site em resposta a qualquer discriminação", reforçou o portal.