O delegado de Meio Ambiente e Patrimônio Histórico da Polícia Federal, Fábio Scliar, confirmou a possibilidade de que uma área de 7 quilômetros quadrados do Campo de Frade, em bloco operado pela Chevron, esteja sob risco de novos vazamentos.
O vazamento deste mês ocorreu a 3 quilômetros do poço que vazou em novembro, indicando que toda a área em volta do primeiro poço esteja sob risco. A Chevron admitiu um afundamento na área em que se formou uma fresta de 800 metros da qual houve afloramento de petróleo. O afundamento sugere problemas geológicos na área.
Segundo Scliar, trata-se de uma ocorrência alarmante, já que a indústria não está preparada para responder ao fenômeno. "A situação é grave e está fora de controle. Espero que não haja consequências, mas como é uma situação inédita, a indústria não está preparada para responder. Não se sabe o que fazer, nem como", disse.
Dois possíveis erros podem ter provocado falhas geológicas, segundo fontes que acompanham a investigação. O poço pode ter apresentado problemas na hora da perfuração. Além disso, houve excessos na pressão usada na injeção de fluido de perfuração. "O poço explodiu e depois foi necessário usar mais pressão para abandoná-lo", disse Scliar.
Pesa também a formação geológica da área, mais recente e frágil. Com isso, o petróleo está buscando novos caminhos para seguir. Um deles está vindo da área onde houve novo vazamento. O risco, segundo Scliar, é que outros pontos de vazamento apareçam.
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