“A gente sabia que não podia ter confronto. Estávamos tentando evitar justamente isso.” A declaração é do assessor especial para Assuntos Fundiários do governo do Paraná, Hamilton Luiz Serighelli, para quem a região de Quedas do Iguaçu se assemelha a “uma bomba-relógio”, prestes a explodir a qualquer momento. Ele está viajando para a região e espera chegar no local às 22 horas desta quinta-feira.
Serighelli comenta que as informações que chegam estão desencontradas, com acusações mútuas de emboscada, e que a prioridade no momento é acalmar os ânimos. Ele conta que está conversando por telefone com várias lideranças da região, com o objetivo de que mais nenhum ato de violência ocorra nas próximas horas. Para o assessor, a concentração de pessoas na área complica a situação, que ele considera tensa. “São 12 mil acampados, mais 12 mil assentados e ainda os 36 mil moradores da cidade”, contabiliza.
O assessor afirma que, nos últimos 11 dias, a Araupel conseguiu trabalhar sem interferências do movimento sem-terra, graças a muita negociação, e que o conflito na região só vai se encaminhar para uma solução quando a Justiça Federal tomar decisões definitivas sobre a propriedade da área.
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