O comando de greve dos funcionários técnico-administrativos da Universidade Federal do Paraná (UFPR) promete ampliar o movimento a partir de segunda-feira, caso o governo federal não apresente resposta positiva às reivindicações da categoria. Os grevistas são contrários à medida que limita pelos próximos dez anos o aumento salarial em apenas 1,5% ao ano, reivindicam reposição de perdas salariais e garantia de que os hospitais universitários não se tornarão fundações estatais.
Entre os reflexos esperados para uma eventual ampliação da adesão está o agravamento da situação no Hospital de Clínicas (HC), que pertence à UFPR. Lá, a partir da próxima semana, o número de funcionários trabalhando poderá ser reduzido dos atuais 50% para 30%.
A estratégia foi anunciada ontem de manhã em reunião com a direção do hospital. Para a diretora de Assistência do HC, Mariângela Honório Pedrozo, a situação tende a piorar se a promessa de redução dos funcionários em exercício for cumprida. Por enquanto, o HC tem conseguido atender, mesmo que com demora, a demanda das consultas agendadas. Entretanto, cirurgias, internações e o pronto-atendimento já sentem os reflexos da greve. "Nos dois primeiros dias de greve tivemos de cancelar 40 cirurgias", exemplifica Mariângela.
A orientação da direção do hospital é para que quem precisa de pronto-atendimento evite ir ao HC. O recomendável, aponta Mariângela, é que o paciente se encaminhe a uma das unidades municipais de saúde 24 Horas, que indicará para onde a pessoa pode ser encaminhada.
Já em relação aos internados nas Unidades de Terapia Intensiva (UTI), a situação é mais procupante. Em vez de um funcionário para cada dois pacientes, os leitos de UTI do HC têm um funcionário para cada grupo de quatro pacientes. "Isso atrapalha. Como é que o funcionário vai conseguir trocar os pacientes de posição a cada duas horas, que é o ideal, se tem quatro pessoas para atender?", questiona Mariângela.
O presidente do Sindicato dos Trabalhadores do Ensino Superior (Sinditest), José Carlos Belotto, afirma que o comando de greve junto com a direção do HC tem avaliado casos excepcionais, em que os funcionários deixam o estado de paralisação momentaneamente para atender casos de risco de morte. "Ontem mesmo uma cirurgia de transplante de fígado foi feita", ilustra Belotto. Ele informa também que o movimento nacional ganhou mais força ontem. De 15 universidades públicas, agora 32 participam da greve.
Ontem os servidores dos três restaurantes universitários (RUs) da UFPR aderiram à greve. No total, 4,7 mil refeições deixaram de ser servidas diariamente: 3,5 mil no almoço e 1,2 mil no jantar. O assistente-administrativo do RU Central e diretor do Sinditest, Alfredo Bueno, explica que os servidores dos RUs só não estão desde segunda-feira em greve porque até esta data havia alimentos perecíveis no estoque. "Não queríamos dar prejuízo ao RU", explica.
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