Apenas 40 dos 4,4 mil motoristas e cobradores da Rede Integrada de Transporte (RIT) o que não chega a 1% - receberam o "kit de inverno" das empresas de transporte urbano de Curitiba e região, responsáveis pela contratação desses trabalhadores. As informações são da Urbanização de Curitiba S/A (Urbs) e foram divulgadas nesta segunda-feira (29). Com isso, parte do valor repassado às empresas para a compra do material, que é de aproximadamente R$ 180 mil, deve ser devolvido ao Fundo de Urbanização de Curitiba (FUC).
O kit, formado por um par de luvas, gorro, pulôver e uma manta, deveria ter sido entregue aos funcionários até a última sexta-feira (26). Segundo a Urbs, o valor destinado para a compra das peças foi definido no início deste ano, durante a repactuação da tarifa. Na ocasião, foram previstos R$ 360 mil, o que representa R$ 0,0012 na tarifa técnica. O valor total teria de ser repassado entre os meses de fevereiro deste ano até fevereiro do ano que vem.
Ainda nesta semana, o departamento jurídico da Urbs deve se reunir para definir a suspensão dos próximos pagamentos, além da forma como será realizada a devolução da quantia paga e que não foi investida na compra dos kits. A empresa informou que, antes da reunião do departamento, não é possível levantar os valores que terão de ser devolvidos.
Além disso, a Urbs informou que vai pedir explicações aos sindicatos de motoristas e cobradores (Sindimoc) e das empresas de ônibus do transporte coletivo (Setransp) sobre alterações que foram feitas na composição do kit de inverno sem comunicação. De acordo com a empresa, os sindicatos decidiram substituir os quatro itens por uma jaqueta impermeável.
O Sindimoc nega que houve a mudança nos conjuntos. Conforme o vice-presidente da entidade, Dino César Moraes de Mattos, a intenção era acrescentar mais um peça e não substituir as demais já incluídas. Além disso, Mattos informou não entender o porquê da falha na distribuição das peças.
"É lamentável ter que implorar para os caras darem um pedaço de pano aos trabalhadores. Vamos continuar cobrando a entrega sim e também vamos estudar se cabe alguma ação na Justiça para reparar os danos a esses trabalhadores que sofreram com todo esse frio sem uma roupa adequada", declarou.
A reportagem tentou entrar em contato com o Setransp, mas não conseguiu localizar os responsáveis até as 19 horas desta segunda-feira.
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