Só em janeiro deste ano, equipes da Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) identificaram 5,4 mil focos com larvas do mosquito da dengue em várias regiões do Paraná. A maior parte dos criadouros (43%) foi encontrada em objetos jogados no lixo e que podem acumular água, como latas e copos descartáveis. A estimativa da secretaria é de que 90% de todos os criadouros do mosquito estejam dentro das casas das pessoas.
O segundo maior ponto de criação do mosquito estava em vasos e pratos de plantas e em bebedouros de animais, o que representaria 26% do total. Também foram encontrados criadouros em tonéis, bacias, cisternas, pneus, calhas, lajes e até em sanitários em desuso. A água parada em qualquer recipiente pode levar à proliferação das larvas do Aedes aegypti. As informações foram divulgadas em boletim da Sesa nesta terça-feira (18).
Relatório
Outra informação que consta no relatório é de que mais do que dobrou o número de casos identificados como suspeitos de serem da dengue, na comparação entre a primeira semana de janeiro com a primeira semana de fevereiro. Em janeiro foram 571 suspeitas, ante 1.251 em fevereiro. Segundo a secretaria, a maior parte das suspeitas em cidades com altos índices de infestação da doença acaba se confirmando como dengue.
Desde agosto do ano passado até esta terça foram confirmados 1.140 casos de dengue no estado. Uma mulher de 48 anos morreu em decorrência de complicações da doença em Londrina, no Norte do estado, no começo de janeiro. Quatro casos tiveram quadros clínicos mais graves.
Os municípios com maior número de casos notificados até o momento são Londrina (2.703), Maringá (2.267) e Foz do Iguaçu (895). O calor e a umidade dos últimos dias fazem com que as regiões de Curitiba, dos Campos Gerais, de Londrina e o Litoral apresentem alto risco de desenvolvimento de focos de dengue.
