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Subiu para 34 o total de presos em cinco Estados pela Polícia Federal (PF) na Operação Dupla Face. Eles são suspeitos de receber propinas e de cometer fraudes para intermediar negociações no Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) e na Receita Federal para acelerar processos de certificação de imóveis rurais. Foram presos 18 servidores públicos e 16 despachantes. Entre os detidos, está um procurador do Incra, cuja identidade não foi revelada. Em Curitiba foi cumprido um mandado de busca e apreensão pela PF, mas nenhum documento foi encontrado. Em Curitiba foi cumprido um mandado de busca e apreensão pela PF, mas nenhum documento foi encontrado. Não houve prisões no Paraná, porém, durante as investigações podem haver detenções no estado.

O delegado da PF Luciano de Azevedo Salgado disse que os despachantes intermediavam negociações no Incra para acelerar processos de certificação de imóveis rurais. Em troca, os servidores públicos cobravam propina de até R$ 30 mil. "A quadrilha dificultava o trâmite desses processos e o andamento só acontecia com o recebimento da propina", afirmou.

De acordo com a PF, as investigações identificaram a existência de duas organizações criminosas distintas que agiam no Incra e na Receita Federal nos Estados de Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, São Paulo, Paraná e Minas Gerais. No Incra, a quadrilha atuava em torno dos Processos de Certificação de Imóveis Rurais em trâmite no órgão.

A quadrilha cooptava proprietários interessados em obter a certificação de suas propriedades rurais ou qualquer outra vantagem junto ao Incra, intermediando o pagamento de propina a servidores, informou a PF. O grupo que atuava na Receita Federal praticava crimes como fornecimento de dados sigilosos e cancelamento de créditos tributários.

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