Subiu para quarenta e oito o número de policiais (41 PMs e 7 civis), além de outras 13 pessoas, que foram presos nesta terça-feira (30) acusados de cobrar propina de camelôs e mototaxistas ilegais para permitir que eles trabalhassem, nos bairros de Honório Gurgel, na zona norte do Rio de Janeiro, e Bangu, na zona oeste. Ao todo, 78 mandados de prisão haviam sido expedidos sendo 53 contra PMs e 7 contra policiais civis.
Segundo as investigações, o grupo exigia R$ 70 de camelôs que vendiam mercadorias "pirateadas", enquanto quem vendia mercadorias lícitas tinha que pagar R$ 10. Os denunciados são acusados dos crimes de formação de quadrilha, concussão e roubo.
A Secretaria de Segurança do Estado do Rio de Janeiro anunciou nesta terça-feira (30) a prisão de 61 pessoas acusadas de cobrar propina de comerciantes que trabalham em feiras de Bangu e Honório Gurgel e de extorquir dinheiro de mototáxis sem carteira de direção em Bangu. Segundo a secretaria, muitos mototaxistas faziam ainda o transporte de drogas. Com a propina paga aos policiais, as irregularidades não eram combatidas.
A operação, chamada de Compadre, tinha o objetivo de cumprir 78 mandados de busca e apreensão e 78 mandados de prisão. Ao todo, 12 policiais militares continuam foragidos.
O secretário de Segurança, Mariano Beltrame, diz que todos os policiais envolvidos devem ser expulsos das corporações à que pertencem. "Pelo conteúdo probatório, as acusações são graves e a composição da prova é de muita qualidade, não vejo outra resposta senão a demissão de todas essas pessoas", disse ele, "[Essas pessoas] são fruto da sociedade, o que se tem que fazer, no caso da polícia, é capacitar, treinar essas pessoas, alertar, dar condições de trabalho, agora o que cada um trouxe de casa é muito difícil de se reverter", concluiu Beltrame.
A operação foi executada por agentes da Subsecretaria de Inteligência da Secretaria de Segurança e da Corregedoria da Polícia Militar, além do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) do Ministério Público.
As investigações, que contaram com escutas telefônicas autorizadas pela Justiça, começaram no início do ano passado, depois que integrantes das comunidades atingidas fizeram a denúncia à Corregedoria. Os policiais, que na época trabalhavam nos 14º e 9º batalhões, costumavam cobrar R$ 70 semanais a comerciantes com mercadoria ilícita e R$ 10 a vendedores de mercadoria lícita, sem autorização da prefeitura para trabalhar. Em troca das propinas, os policiais deixavam de fiscalizar as ações ilícitas.
Desde 2008, foram expulsos de suas corporações mais de 1,4 mil policiais civis e militares.
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