Uma pessoa foi presa, nesta quarta-feira (13), em Paranaguá, no Litoral do Paraná, pela Polícia Federal (PF), suspeita de participar de um esquema de desvio de cargas no Porto de Paranaguá. Com isso, chegou a 72 o número de presos na Operação Colônia - realizada pela PF em parceria com a Polícia Militar.

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A maioria das prisões ocorreu em Paranaguá, mas também foram cumpridos mandados em Curitiba, Maringá e região, além de Itajaí (SC), Santos (SP) e Dourados (MS).

Ao todo, 121 mandados de prisão serão cumpridos no Paraná, São Paulo e Santa Catarina. São 99 pessoas, já que algumas possuem mandados nos dois estados.

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Segundo a PF, duas mil toneladas de grãos, fertilizantes e óleo de soja foram desviadas do Porto de Paranaguá apenas neste ano e, pelo menos, sete empresas foram lesadas pelas quadrilhas.

As investigações começaram a ser feitas pela PF e pelo Ministério Público do Paraná (MP-PR) há 11 meses, depois que empresas que atuam no porto denunciaram o roubo de cargas.

Alguns métodos utilizados pelos membros das quadrilhas para desviar as cargas eram o de lançar descargas que não ocorreram nos sistemas dos terminais portuários, carregar os produtos retirados do Porto de Paranaguá em caminhão com placas clonadas e documentos falsos, e ainda a substituição de fertilizantes desviados por produtos de menor valor, de acordo com a PF.

Prejuízo

O desvio de cargas no Porto de Paranaguá causou um prejuízo de pelo menos R$ 1,7 milhão às empresas que tiveram seus produtos furtados. O valor, ainda parcial, foi divulgado na sexta-feira (8) pela PF.

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O maior déficit foi causado às empresas de fertilizantes, com perdas na ordem de R$ 800 mil. O setor de grãos foi a segunda maior vítima, com R$ 500 mil em desvios, à frente apenas do óleo de soja, que teria perdido cerca de R$ 435 mil em mercadorias.