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Acidente aéreo na amazônia

Sobreviventes não oferecem relatos precisos

Brasília - Apesar de terem testemunhado o que houve antes de o avião C-98 Caravan ter feito um pouso forçado em um igarapé localizado em área florestal de difícil acesso no município de Atalaia do Norte (AM), os sobreviventes do acidente ainda não conseguiram prestar relatos precisos sobre o ocorrido. Eles passaram por avaliação médica no Hos­pital Geral do Juruá, em Cruzeiro do Sul (AC), e passam bem. Dos nove sobreviventes, três moram em Manaus. Os outros, em Ta­­batinga (AM) e em Atalaia do Norte.

Na busca por sua própria so­­brevivência, os passageiros localizados não conseguem, neste momento, falar sobre parte do que houve. "O máximo que se consegue saber deles é que os dois desaparecidos não os acompanharam na saída da aeronave e até a margem do igarapé", in­­formou o comandante do 7.º Co­­mando Aéreo Regional, major-brigadeiro-do-ar Jorge Cruz de Souza e Mello.

As operações de busca pelos dois desaparecidos continuam. Lanchas da Marinha, oito aeronaves da Força Aérea Brasileira (FAB) e 125 militares estão envolvidos na ação. Ainda não são conhecidas as causas do acidente, mas segundo o major-brigadeiro Souza e Mello, o C-98 Ca­­ravan é uma aeronave com alta capacidade de sobrevivência. O avião foi encontrado a 10 milhas à esquerda da rota e, na avaliação do brigadeiro, o local foi escolhido para pouso por apresentar maior segurança para todos.

Experiência

O Caravan é uma aeronave ex­­tremamente segura, mas na hora de um acidente os pilotos têm uma missão específica, que é tentar conduzir a aeronave a um local seguro. "É preciso uma escolha no momento, apesar da rapidez com que as coisas acontecem", disse Souza e Mello à Agên­­cia Brasil.

Ainda na avaliação do brigadeiro, o trabalho do piloto foi fundamental para garantir a sobrevivência do maior número possível de pessoas. A aeronave foi determinante, mas a competência do piloto e dos mecânicos em abrir as portas e auxiliar na saída das pessoas, mesmo dentro do rio, foi elemento decisivo para os sobreviventes.

A aeronave estava com as re­­visões em dia e voava com equipe experiente, segundo o co­­mandante da Aeronáutica. O piloto, o primeiro-tenente Car­­los Wagner Ottone Veiga, tem sete anos de experiência e mais de mil horas de voo nesse tipo de avião. O suboficial desaparecido, Marcelo dos Santos Dias, tem 3 mil horas de voo como mecânico e também é considerado muito experiente.

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