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O presidente da SRO (Sociedade Rural do Oeste do Paraná) Erwin Soliva disse nesta segunda-feira (16) que o assassinato de um policial federal em que o ex-presidente da entidade ruralista, Alessandro Meneghel, é suspeito do crime é um "fato a lamentar" por expor a classe responsável pela produção de alimentos. "Não foi um ruralista, mas o Alessandro Meneghel [quem praticou o crime]".

Soliva diz que o ex-presidente, preso na penitenciária federal de Catanduvas, "sempre foi um batalhador" das questões do campo e afirmou que agora ele terá que arcar com as consequências. "Nada justifica tirar a vida de alguém", observa. Para Soliva, no momento é preferível que o ex-líder ruralista fique no presídio de Catanduvas até por questões de segurança. "Eu acredito que logo ele retorna para outro presídio, como a PIC (Penitenciária Industrial de Cascavel)", ressalta. Crime

O agente da PF, Alexandre Drummond Barbosa, 36, foi morto na madrugada de sábado (14) em frente à uma casa noturna no centro de Cascavel. O ruralista Alessandro Meneghel, preso pela PF poucas horas depois do assassinato, confessou o crime e alegou legítima defesa porque o policial teria atirado primeiro. De acordo com o delegado Luiz Rogério Sodré, responsável pelo inquérito que investiga o caso, o depoimento de uma testemunha contraria a versão do ruralista.

A polícia diz não saber ainda qual foi a motivação do crime. "Isso a gente vai levantar no transcorrer das investigações, em princípio foi mencionado por algumas testemunhas que houve uma discussão dentro da boate", afirmou Sodré na manhã desta segunda-feira.

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