Os quatro sócios da operadora de turismo Interlaken serão interrogados na manhã desta quarta-feira (6) na Delegacia de Crimes Contra a Economia e Proteção ao Consumidor (Delcon). O nome deles ainda não foi divulgado. O procedimento está marcado para começar entre 9h30 e 10h. A empresa anunciou em 26 de dezembro que havia encerrado suas atividades. Desde então, clientes têm reclamado e registrados boletins de ocorrência relatando que suas viagens não foram confirmadas, mesmo tendo sido já efetuado vários pagamentos por elas. Segundo o titular da unidade, delegado Guilherme Rangel, até a noite desta terça-feira (4), 120 boletins já foram registrados na delegacia.
“Estamos trabalhando sem parar com três escrivãos. De ontem[segunda], na volta do recesso, para hoje [terça] apareceu muita gente”, afirmou Rangel. No interrogatório, os sócios deverão ser questionados, em resumo, sobre os motivos que os levaram a manter as vendas mesmo sabendo da situação econômica ruim da empresa. A operadora Interlaken tinha três agências em Curitiba (duas delas em shoppings da capital).
“Eles tinham ciência de que a empresa estava falida. Queremos saber porque encerraram as atividades na surdina, se não avaliaram os prejuízos econômicos e emocionais que causariam aos clientes”, explicou o delegado.
Para o policial, a má-fé da empresa já está bem caracterizada. As acusações que os proprietários da empresa enfrentarão são de crimes contra a relação de consumo. A pena para esses crimes contra o consumidor é de dois a cinco anos de detenção ou multa. O delegado explicou que a empresa induziu o consumidor e usou propaganda enganosa para aplicar um golpe.
O advogado da empresa Rafael Nunes foi procurado pela reportagem, mas não atendeu aos telefonemas da reportagem. Na segunda-feira (3), ele informou que a Interlaken não se pronunciaria no momento e que avisaria se mudasse de posicionamento.
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