A soja pode voltar a ser um bom negócio para os produtores do Paraná, depois de três anos de crise. Um estudo feito pela Cocamar Cooperativa Agroindustrial, que engloba 60 municípios do Noroeste do Paraná, mostra que os custos variáveis de produção do grão caíram 26% na safra de 2006/ 2007 e voltaram para níveis históricos com o recuo do dólar. Nas contas do coordenador técnico de produção de grãos da Cocamar, Antônio Sacoman, o produtor que conseguir produtitividade de 113 sacas por alqueire terá custo médio de produção de 52,9 sacas por alqueire na safra que começa a ser plantada, ante 71,8 sacas da última. Mesmo que os preços da soja não batam a casa de R$ 40 a saca, como na safra de 2004, a cotação de US$ 6,20 o bushel de soja para abril na bolsa de futuros de Chicago sinaliza que a saca da soja vai oscilar entre 25,50 e R$ 26,50 na época da colheita. Com isso, vai embolsar líquido entre R$ 1.532,55 e R$ 1.592,65 por alqueire de soja. A projeção leva em conta clima ideal e uso eficiente da tecnologia. Apesar da descapitalização das últimas três safras, a orientação é manter o nível tecnológico para retomar a rentabilidade. "Nossa luta é para não reduzir tecnologia", diz o presidente da Coamo Agroindustrial Cooperativa, José Aroldo Gallassini. Segundo ele, agora a agricultura de grãos começa a respirar.
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