O Consórcio Intermunicipal para a Gestão de Resíduos Sólidos Urbanos, reativado no mês de setembro, pode estar com os dias contados se depender do Ministério Público Estadual. Ele foi criado há cerca de cinco anos e hoje é integrado por 15 municípios (Curitiba, Almirante Tamandaré, Araucária, Balsa Nova, Campina Grande do Sul, Campo Largo, Campo Magro, Colombo, Contenda, Fazenda Rio Grande, Mandirituba, São José dos Pinhais, Quatro Barras, Pinhais e Quitandinha).

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O procurador de Justiça Sant-Clair Honorato Santos, coordenador do Centro de Apoio das Promotorias de Meio ambiente do estado, defende que a tendência deveria ser justamente a contrária, ou seja de não de ter grandes aterros. "As novas tecnologias apontam para a possibilidade de criar pequenos setores e não agrupar tudo num determinado local (como ocorre no aterro da Cachimba, com vida útil até 2008). Isso ajuda inclusive a baixar o custo da operação."

Honorato Santos citou como exemplo Balsa Nova, cidade da região metropolitana com cerca de 6 mil habitantes, que tem o seu próprio aterro, mas que transporta o seu lixo para a Cachimba. "Numa cidade com 100 mil habitantes, a solução ideal é fazer três unidades", afirmou o procurador.

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Para acompanhar a tendência citada pelo procurador Honorato Santos, o consórcio do lixo da grande Curitiba começou a discutir um modelo jurídico para poder contratar novas tecnologias. De acordo com o secretário-executivo do consórcio, Gil Polidoro, é muito cedo para avaliar a solução ideal para o futuro das 2,3 mil toneladas de lixo que 15 municípios jogam diariamente na Cachimba. "A decisão só será tomada no ano que vem, quando acaba a vida útil da Cachimba", disse Polidoro. Por enquanto, não há consenso nem sobre qual deve ser a localização do novo aterro. (JNB)