Tido como uma outra ponta na estratégia de controle da raiva, o soro antirrábico tem estoques baixos no país.

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O produto é utilizado nos casos em que uma pessoa é mordida por um animal e há maior risco de adquirir a doença. O objetivo é produzir anticorpos no local do ferimento, como forma de controle rápido do vírus.

Os baixos estoques de soro foram confirmados por secretarias de saúde procuradas pela reportagem em nove Estados (Pará, Paraná, Goiás, Rio de Janeiro, Santa Catarina, Minas Gerais, Piauí, Alagoas e Paraíba), além do Distrito Federal. A maioria, no entanto, afirma que o problema é nacional.

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Em geral, as pastas informam que, desde o início do ano, o envio do produto ocorre de forma irregular, sem contemplar todo o quantitativo solicitado.

Questionado, o Ministério da Saúde informou que a situação ocorre “devido a readequações do cronograma de entrega do soro antirrábico”. “Em função das reformas dos laboratórios produtores nacionais, nos últimos meses, o Ministério da Saúde tem utilizado seu estoque estratégico para atender às demandas estaduais”.

A pasta diz ainda que envia informes frequentes às secretarias estaduais de saúde sobre as medidas para garantir a oferta dos produtos, “otimizar o uso e reduzir possíveis desperdícios”.

Em 2015, foram enviados aos Estados 32.892 ampolas de soro antirrábico. Em nota, a pasta diz que a situação deverá estar regularizada até o fim do ano.

Vacinação

As campanhas de vacinação contra a raiva em cães e gatos devem começar mais tarde neste ano ou até mesmo ficar apenas para o início do ano que vem. O atraso tem gerado preocupação em alguns Estados e entre entidades do setor de medicina veterinária.

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Documento do Ministério da Saúde enviado a secretarias estaduais de saúde, ao qual a Folha de S.Paulo teve acesso, indica que a vacina antirrábica canina só estará disponível a partir de setembro e, por isso, “a organização da campanha deverá ser revista”.

O ofício não informa os motivos da “revisão”. Diz que, à medida que forem recebidas, as vacinas serão distribuídas para Estados prioritários, onde há “iminente risco de transmissão de raiva”.