Em meio à crise envolvendo refugiados sírios, o prefeito de São Paulo, Fernando Haddad (PT), disse na manhã desta terça-feira, 8, que São Paulo tem recebido uma “quantidade expressiva” de imigrantes da Síria e que eles são bem-vindos.
“Os sírios estão vindo para São Paulo e estamos recebendo com muito orgulho e com muito prazer. A solidariedade de São Paulo é reconhecida por todas as comunidades de imigrantes de São Paulo”, afirmou o prefeito.
No último domingo, 6, o Estado publicou que o Brasil já concede mais vistos a refugiados sírios do que os países europeus. São 2.077 documentos feitos desde que o país entrou em conflito. Há dois anos, vinda foi facilitada por normativa do Ministério da Justiça.
“Nossa tradição é de receber comunidades de outros países e de outros Estados da federação. Fazemos isso porque sabemos que a nossa força vem da nossa diversidade”, disse o prefeito
Haddad afirmou que São Paulo criou o primeiro Centro de Referência e Acolhida para Imigrantes (CRAI) do País. O local foi inaugurado há quase um ano e tem capacidade para receber 110 pessoas, entre homens, mulheres e crianças.
Iniciativa
O secretário Nacional de Justiça e presidente do Comitê Nacional para os Refugiados, Beto Vasconcelos, afirmou, em entrevista à Rádio Estadão, que a melhor iniciativa que o Brasil tem tomado pelos refugiados sírios é garantir a eles o direito de “se manterem vivos”.
“O refugiado é aquele que não só, como todos nós, busca melhor oportunidade de vida, mas busca oportunidade de se manter vivo. E o Brasil, com a história de receptividade, uma história construída em fluxos migratórios, uma sociedade miscigenada, tem toda condição de recebê-los”, disse o secretário.
De acordo com o secretário, o Comitê de Refugiados terá uma reunião no próximo dia 21 para avaliar a concessão de vistos especiais e outras “eventuais medidas” que possam ser implementadas pelo governo federal. Os refugiados que entram no País têm direito a documentação civil e de trabalho, além de acesso aos sistemas públicos de saúde e educação.
De acordo com Vasconcelos, não há uma cota específica de refugiados no País. “Não trabalhamos com cota, mas com capacidade de processamento e obtenção de documentação”, explicou, mas sem divulgar qual capacidade seria esta. Disse ainda que hoje o Brasil tem oferecido atendimento aos refugiados em parceria com os governos estaduais e municipais, além de entidades da iniciativa privada e da sociedade civil que trabalham com o tema. “O contingente de pessoas (refugiados) crescem na cidade de São Paulo, no Rio e em Brasília”, afirmou.
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