A cidade de São Paulo registrou, em apenas 11 dias, quase o dobro de mortes de todo o período de vigência da última Operação Verão, coordenada pela Defesa Civil do Estado. A operação tem início sempre no dia 1º de dezembro e segue até 31 de março, para prevenir acidentes durante os períodos de chuva intensa na Região Sudeste do País. Houve quatro vítimas na capital ao longo dos três meses da última edição. Somente nos primeiros dias da atual, já são sete.
As mais recentes vítimas são dois jovens, de 10 e 14 anos, que haviam desaparecido na quinta-feira no Jardim Helena, na zona leste da capital, bairro que está ilhado pelas águas da chuva há quatro dias. Na tarde de ontem, seus corpos foram encontrados pelos soldados do corpo de bombeiros.
Ao contrário do ano passado, todas as mortes deste ano foram registradas na zona leste da capital. A região foi a mais atingida pelas fortes chuvas, principalmente as da última terça-feira, que resultou no alagamento das Marginais do Tietê e do Pinheiros. Foi registrado neste mês um acumulado de chuva acima dos 200 milímetros em locais como Aricanduva, Guaianases e Cidade Tiradentes - em nenhuma outra região o acumulado atingiu esse índice. "Choveu muito e concentrado nessas regiões e por isso elas acabaram sendo mais atingidas", afirma a capitã Daniella Breches, da Defesa Civil.
O número de mortes também é alto em outras cidades paulistas. Em todo o Estado, foram registradas 21 vítimas até a manhã desta sexta-feira ante 24 dos três meses da edição passada da operação. Segundo a Defesa Civil, quase todas as vítimas são decorrentes de deslizamentos de terra, principalmente em áreas mais pobres e com construções irregulares. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
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