Curitiba – No dia da posse, o novo ministro da Agricultura, o deputado paranaense Reinhold Stephanes (PMDB), foi alvo de denúncias publicadas no jornal Folha de S. Paulo. De acordo com a publicação, Stephanes fez lobby junto ao governo para ajudar a Supermax, empresa do Paraná que produz luvas de procedimento hospitalar, a conseguir autorização para a comercialização de produtos. Durante os trâmites, no fim do ano passado, a empresa fez a maior doação da campanha do deputado, R$ 115 mil.

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Desde 13 de julho do ano passado, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) tinha proibido a venda de luvas da Supermax após receber denúncias da baixa qualidade. A empresa disse ser alvo de injustiça e confirmou a ida de Stephanes à Anvisa para averiguar o caso em favor da empresa. Procurado, o deputado também não negou sua passagem pela Anvisa em nome da Supermax, mas garantiu ter feito o procedimento de forma legal, por meio de sua assessoria parlamentar.

A assessoria da Anvisa informou que o deputado foi recebido por um dos diretores. Procurado, o atual diretor de registros da Anvisa, Cláudio Maierovitch, explicou que a proibição das luvas da Supermax ocorreu por um problema de registro e não por falta de qualidade.

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A Folha citou ainda a existência de uma ação popular movida contra o deputado por improbidade administrativa. Stephanes é acusado de ter feito um pagamento sem contrato ao jornal "Gazeta do Paraná", de Cascavel, quando era presidente do Banestado, em 1999, no valor de R$ 2,2 milhões. O deputado se defende dizendo que o banco iria perder uma ação na Justiça por causa da assinatura do ex-governador do Paraná Mário Pereira (PMDB) autorizando a despesa.