O ministro da Agricultura, Reinhold Stephanes, classificou a ação do MST de derrubar milhares de pés de laranja de uma fazenda da Cutrale, empresa do setor de sucos com unidade no interior de São Paulo, como "caso de polícia". Assim como já havia comentado na terça-feira (6), Stephanes considerou o episódio como "lamentável" nesta quarta, durante entrevista coletiva realizada na sede do Ministério da Agricultura para detalhar a primeira estimativa de plantio da safra 2009/2010 da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). "Não há o que falar: isso não é caso para o ministro da Agricultura, é caso de polícia", afirmou.

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Para Stephanes, a questão também deve ser acompanhada pelo governo. "O governo tem de tomar suas decisões através de suas instituições". O ministro negou-se a comentar a respeito da segunda onda de parlamentares que buscam angariar assinaturas para instalar a Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) para investigar denúncias de contratos irregulares entre o movimento e o governo feitas pela revista "Veja" e o jornal O Estado de S. Paulo. "CPMI é assunto do Congresso", limitou-se a dizer.

A expectativa é de que hoje sejam coletadas as 27 assinaturas de senadores necessárias para instalar a comissão. Também é preciso que os deputados participem com 171 rubricas. Na semana passada, o Congresso arquivou o requerimento porque havia assinaturas duplicadas na lista de pedido de abertura da CPMI e, ao final, o número apresentado não atendia às exigências das casas. Pela Câmara, a tarefa de colher assinaturas cabe ao deputado Ronaldo Caiado (DEM-GO) e, no Senado, à senadora Kátia Abreu (DEM-TO).

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