O plenário do Supremo Tribunal Federal (STF) vai analisar o despacho do ministro Cezar Peluso que soltou dois desembargadores e um procurador-regional da República presos pela Operação Furacão, da Polícia Federal. A decisão só deve sair em maio.
Sábado, o ministro do STF rejeitou pedido de prisão preventiva contra os cinco acusados, que têm direito a foro privilegiado. Peluso argumentou que eles poderiam responder ao inquérito em liberdade, pelo fato de "todas as investigações e diligências do inquérito terem sido concluídas".
Os demais ministros do Supremo vão analisar os argumentos da denúncia do procurador-geral da República, Antônio Fernando de Souza, que acusa os desembargadores e o procurador de formação de quadrilha, corrupção passiva e prevaricação. Eles são suspeitos de envolvimento com uma organização criminosa especializada na venda de sentenças judiciais para beneficiar a máfia dos jogos ilegais.
Se os ministros aceitarem os argumentos do procurador-geral, podem abrir um processo criminal contra os envolvidos. O plenário também vai examinar o despacho de Peluso e decidir se os cinco acusados permanecem soltos ou vão para a cadeia.