O ministro Joaquim Barbosa, do Supremo Tribunal Federal (STF), negou nesta quarta-feira (3) a liminar pedida pela defesa do casal Alexandre Nardoni e Anna Carolina Jatobá, acusados da morte de Isabella Nardoni, em 29 de março de 2008. O advogado Roberto Podval, que defende os dois, pediu a retirada da acusação de "fraude processual". O júri popular está marcado para as 13h do próximo dia 22 de março no Fórum de Santana, na Zona Norte.

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A análise do recurso poderia adiar a data do julgamento do pai e da madrasta da menina. Os dois são acusados de limpar a cena do crime antes da chegada da polícia. Podval contestou, em seu pedido, a versão de que Alexandre e Jatobá mexeram no apartamento para encobrir vestígios de sangue de Isabella. O advogado disse nesta quinta-feira (4) que soube da liminar negada. "Estou esperando para ver qual o conteúdo da decisão para avaliar qual será o próximo passo", afirmou.

A criança morreu ao cair do 6º andar do prédio onde moravam os acusados. Para a Promotoria, após uma discussão, Jatobá tentou esganar a criança e Alexandre a jogou do sexto andar do apartamento pela janela. O casal alega inocência. Chegou a dizer que algum ladrão, que nunca foi encontrado, cometeu o crime. Alexandre e Jatobá estão presos em Tremembé, a 147 km da capital.

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Os réus serão julgados pelos crimes de homicídio triplamente qualificado (meio cruel, impossibilidade de defesa da vítima, visando garantir impunidade de delito anteriormente praticado) e fraude processual (limpar a cena do crime antes da chegada da polícia).