São Paulo Suzane von Richthofen terá que voltar para a prisão. Por três votos a um, a Sexta Turma do Superior Tribunal de Justiça (STJ) negou o habeas-corpus a Suzane, acusada de participar do assassinato dos pais, em 2002, em São Paulo. Com isso, fica cassada a liminar concedida anteriormente pelo relator, ministro Nílson Naves, que havia beneficiado a jovem, temporariamente, com a prisão domiciliar.
A defesa queria que ela aguardasse o julgamento em liberdade e que o benefício fosse mantido até que todos os recursos na Justiça se esgotassem, inclusive em caso de condenação.
O relator do processo, ministro Nílson Naves, já tinha votado a favor da defesa. Ele justificou seu voto afirmando que faltava fundamentação no último pedido de prisão do Ministério Público, impetrado em abril deste ano.
Os outros três ministros do STJ, Hamílton Carvalhido, Paulo Medina e Paulo Gallotti votaram contra o relator. Eles acataram os argumentos da acusação de Suzane e argumentaram que a prisão dela garante a ordem pública e protege seu irmão, Andreas, que é testemunha de acusação arrolada pelo Ministério Público.
Suzane voltou à prisão no dia 10 de abril, depois de conceder uma entrevista ao Fantástico, da Rede Globo, em que aparece sendo orientada por seus advogados a chorar.
Depois da veiculação da reportagem, o Ministério Público pediu a prisão alegando que ela poderia tentar fugir do país e que ela representava uma ameaça ao irmão, Andreas von Richthofen, com quem disputa a herança da família.
O pedido de prisão foi concedido em primeira instância, mas revogado por Naves que afirmou que a prisão era repetida, descumpria decisão anterior do STJ e que Suzane já passou tempo demais na prisão sem ter sido julgada.
Agora, Suzane estava em prisão domiciliar. Na terça-feira, o juiz Alberto Anderson Filho havia autorizado a quarta mudança de endereço, já que os vizinhos reclamaram de sua presença e os advogados de defesa solicitaram a transferência.
O julgamento de Suzane e dos irmãos Cristian e Daniel Cravinhos, que participaram do assassinato dos pais dela, está marcado para o dia 17 de julho.
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