Atalizado em 10/02 às 16h40
Cerca de três toneladas de carne suína foram assadas durante um protesto dos suinocultores paranaense nesta sexta-feira (10) em Cascavel, na região Oeste. Os manifestantes montaram uma churrasqueira de aproximadamente 40 metros no calçadão da Avenida Brasil, Centro da cidade, para protestar contra a retração do mercado, principalmente internacional.
A manifestação terminou no começo da tarde, por volta das 14h, com uma carreata pelas principais ruas de Cascavel.
Os criadores acreditam que a descoberta dos focos de febre aftosa no Paraná e em Mato Grosso do Sul contribuiu para o "preocupante cenário".
Os suinocultores reivindicam, entre outras coisas, uma solução rápida para o impasse da febre aftosa no estado, renegociação dos débitos, liberação de recursos para ações e programas de Defesa Sanitária Animal e proteção do rebanho suíno e a inclusão da carne de porco na merenda escolar e nos programas de distribuição de alimentos.
"De outubro até hoje eu já tive um prejuízo de 35 mil reais", esbravejou um produtor do município de Céu Azul (Oeste) - que participa da manifestação.
Segundo a Associação Paranaense dos Suinocultores (APS), o preço do quilo, em outubro do ano passado era, em média, de R$ 2,50. Atualmente o valor caiu para R$ 1,30. Os manifestantes reclamam que o preço da carne suína baixou apenas para os criadores, enquanto que nos supermercados o valor de venda se manteve.
Aftosa
O motivo da retração do mercado, segundo os criadores de porco, é a descoberta do foco da doença no Paraná na Fazenda Cachoeria, em São Sebastião da Amoreira (Norte do estado) - anunciado em dezembro do ano passado pelo Ministério da Agricultura.
O impasse se arrasta desde outubro, quando o governo do Paraná, suspeitou da presença da doença. O pecuarista, que assim como o governo do Paraná ainda contesta o foco, conseguiu na Justiça Federal de Londrina uma liminar que impede o sacrifício dos animais. Uma comissão do ministério esteve na fazenda e ofereceu ao dono do gado, como indenização, R$ 1,28 milhão. O pecuarista considera baixo o valor e ainda não decidiu se autoriza o sacrifício.
Veja em vídeo o protesto dos criadores e o "churrascão de porco".
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