Os supermercados que tiveram produtos alimentícios apreendidos pela Vigilância Sanitária nos últimos dias, em Curitiba, explicaram nesta terça-feira (22) os motivos que geraram as apreensões e garantiram que as providências já foram tomadas. Até o momento, já foram recolhidas 6,4 toneladas de alimentos em 19 dos 37 locais inspecionados. Os produtos foram inutilizados e os responsáveis receberam orientação para que as falhas fossem corrigidas.
O objetivo da operação é evitar que alimentos prejudiquem a saúde dos consumidores. De acordo com a Vigilância Sanitária, os estabelecimentos fazem o fracionamento, ou seja, dividem o produto original em embalagens menores. Nesse processo, alguns distribuidores aproveitam para alterar o prazo de validade para que o alimento seja comercializado por mais tempo.
No Agricer da CIC foram recolhidos mais de 700 quilos de carne. Segundo a Vigilância Sanitária, os produtos estavam sem identificação e mal armazenados. O gerente do estabelecimento, Valdir Granjeiro de Freitas, disse que a carne recolhida estava sendo preparada para ser comercializada dentro da câmara fria. "Não tinha produto estragado, mas dificilmente a Vigilância Sanitária vem aqui e não acha defeito em alguma coisa", reclamou. Freitas também garantiu que o Agricer agilizou o processo de preparação das carnes dentro da câmara fria.
A unidade do Super Muffato no Portão teve 370 quilos de produtos recolhidos. A Vigilância Sanitária alegou que alimentos que deveriam estar congelados estavam em processo de descongelamento. O gerente do Muffato Portão, Evandro André, informou que o supermercado estava cumprindo as determinações do fabricante dos freezers. "Os balcões, onde ficam os produtos, passam por um período de degelo, mas já entramos em contato com o fabricante para adequar às exigências da Vigilância Sanitária", declarou. Ele garantiu que os produtos foram retirados da área de comercialização e só voltarão a ser vendidos quando os freezers puderem cumprir as normas estabelecidas pela Vigilância Sanitária.
No Extra da Avenida Kennedy, mais de 255 quilos de produtos estavam sem prazo de validade, vencidos ou descongelados inadequadamente. A assessoria de imprensa da unidade informou que "as ocorrências apontadas pela Vigilância Sanitária foram pontuais e sem prejuízo ao consumidor". Um comunicado oficial foi emitido dizendo que a loja tomou as providências necessárias para averiguar e corrigir as falhas apontadas.
Os responsáveis pelos supermercados Donahaus e Volkmann, onde foram apreendidos 3.324 quilos e 522 quilos de alimentos respectivamente, foram procurados pela reportagem da Gazeta do Povo, mas não foram encontrados.