Ainda restam 14 quilômetros de rodovia em pista simples na ligação entre Curitiba e São Paulo pela BR-116. Mas a liberação para o tráfego de seis quilômetros de duplicação na Serra do Cafezal diminuiu o tempo e o desconforto dos 22 mil motoristas que passam pelo local diariamente. São duas pistas novas, com acostamento, no sentido SP-PR, e as três antigas ficaram para o fluxo inverso da Régis Bittencourt.
Para frear o pessoal que era obrigado a dirigir devagar e agora tem pista livre foram instalados radares que multam os veículos que excedem os 60 quilômetros por hora. No trecho ainda em duplicação, o asfalto está esburacado e com desníveis (enquanto as obras estruturais não são concluídas). O trânsito está complicado na região lento, mas sem barreiras ou paradas forçadas. O que não muda é o forte cheiro de lona de freios queimada.
Andamento
A obra começou em 2010. Os primeiros 11 quilômetros de duplicação foram concluídos em 2012. Há três semanas, mais seis quilômetros foram liberados para o tráfego. A previsão é de que os quatro túneis, os 35 viadutos, duplicações e restaurações restantes estarão prontos até fevereiro de 2017. O investimento total nas obras é de R$ 1 bilhão.
Melhora
Com a experiência de quem passou duas vezes todo mês, nos últimos 30 anos, pelo trecho da Serra do Cafezal, o caminhoneiro Plínio Rizzon fala que o percurso melhorou muito. Ele conta que ficou parado, em diversas situações, por mais de um dia esperando a pista ser liberada depois de acidentes. "Vi muitas famílias inteiras mortas nesta rodovia", diz.
As condições da Régis Bittencourt surpreenderam Luiz Thadeu Fedalto, que é comerciante em Campo Largo e estava passeando com a família e amigos pelo interior paulista. "Quando a obra estiver pronta, vai ficar uma beleza", comenta. Ele conta que era caminhoneiro há 35 anos e que, naquela época, levava 8 horas para fazer o trajeto entre as capitais do Paraná e de São Paulo. "Hoje faz em cinco."
Histórico