Brasília De forma enfática, o ministro do Supremo Tribunal Federal Joaquim Barbosa abriu ontem o julgamento da denúncia do mensalão com a leitura das principais acusações do Ministério Público. Ele só deve apresentar o voto na sessão de amanhã, mas ministros e advogados avaliaram que Barbosa manteve a tendência de aceitar pedido de abertura de processo penal contra o deputado cassado José Dirceu e outros 39 indiciados por envolvimento numa suposta "organização criminosa" que teria comprado apoio para o governo no Congresso. Os outros nove ministros uma cadeira está vaga devem acompanhar o voto do relator.
Joaquim Barbosa não deixou de fora da "apertada" síntese da denúncia, como classificou a seleção de frases de efeito do procurador-geral, trechos que definem Dirceu como chefe de uma "quadrilha" que loteou cargos no governo, fez negócios em paraísos fiscais e distribuiu dinheiro público para aliados. Só os repasses ilegais por meio dos bancos Rural e BMG teriam ultrapassado R$ 55 milhões em pagamento de dívidas partidárias, compra de apoio político e enriquecimento ilícito de autoridades. A leitura do relatório de 46 páginas durou uma hora e 16 minutos.
Logo em seguida, o procurador-geral da República sustentou, por uma hora, a denúncia contra os acusados. Antônio Fernando de Souza disse que os repasses em espécie entre os integrantes da "quadrilha" foram feitos à margem dos procedimentos bancários mais expedidos e seguros.
Na tentativa de convencer os ministros, o procurador sugeriu uma "reflexão". Ele questionou o motivo de os indiciados abrirem mão de mecanismos bancários ágeis para transferir valores em espécie em pastas 007, em locais "inadequados", como quartos de hotéis e bancas de revistas. "Por que não fazer os acordos e implementá-los à luz do dia?", perguntou. Ele concluiu: "Todos os denunciados participaram de ações ilícitas descritas na denúncia".
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