O surfista Marlisson Danilo Lima dos Santos, 21 anos, foi atacado por um tubarão, na manhã desta quarta-feira (29). Ele sofreu lesões na perna direita quando estava no mar da Praia do Pina, no Recife, segundo informações do Corpo de Bombeiros. Este é o 54º caso de ataque de tubarão registrado no estado desde 1992, data em que o Comitê Estadual de Monitoramento de Incidentes com Tubarões (Cemit) começou a catalogar os casos.
O Instituto Oceanário de Pernambuco informou que o local onde o surfista foi socorrido é proibido para a prática de esportes náuticos, incluindo o surfe.
A vítima foi socorrida por banhistas e levadas por um taxista até o Hospital da restauração, onde está sendo submetido a uma cirurgia, que não tem previsão de término. Ainda de acordo com o hospital, o surfista chegou ao hospital consciente e recebeu instruções e cuidados médicos assim que entrou na sala de cirurgia.
Segundo o hospital, o surfista estava em um local conhecido como "Buraco da Velha", no Bairro Brasília Teimosa, na capital pernambucana.
De acordo com instituto, o último ataque de tubarão foi registrado em setembro de 2009, provocando a morte de um banhista de 15 anos.
Erro de identificação
Segundo Marcelo Szpilman, biólogo marinho especialista em peixes marinhos e tubarões, o ataque deste quarta-feira apresenta características semelhantes a "um erro de identificação do tubarão. Naquela região a água do mar é turva e o animal erro o ataque. Acredito que tenha sido um ataque de tubarão cabeça-chata, que se alimenta de peixes. Em 90% dos casos de acidente com tubarão no mundo são por erro de identificação. Quando ele está perto do que vai atacar, ele passar a usar a visão. Como a água não é cristalina o erro acontece."
Szpilman disse ainda que acredita que uma fêmea de tubarão tenha sido a responsável por morder o surfista. "As fêmeas atingem um tamanho maior e, pela dimensão das lesões do surfista, acredito que seja uma fêmea. O objetivo do tubarão não era o surfista, mas algum peixe. Quando o ataque é para alimentação, os ataques são sucessivos. Neste caso foi uma mordida só".
Recomendações para evitar ataques de tubarão
Segundo o Instituto Oceanário de Pernambuco, um trabalho educativo é realizado nas praias de Pernambuco para evitar casos de ataques de tubarão na região. Uma cartilha é divulgada nos pontos considerados de maior risco.
De acordo com o documento, obedecer aos avisos das placas de advertência nas praias é a principal orientação. A cartilha recomenda evitar banhos durante as marés altas, nas manhãs e nos fins de tarde (quando os tubarões estão mais ativos), nos períodos de lua nova, nas bocas de rios, em águas de ultrapassem a linha da cintura, quando a água estiver turva e caso esteja com algum sangramento.
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