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Crime

Surge novo suspeito do caso Rachel Genofre

A Polícia Civil encaminhou ontem ao Instituto de Crimina­­lística (IC) o material genético de Cristiano Gonçalves, de 25 anos, preso no sábado, em Santa Izabel do Oeste, no Sudoeste do estado, acusado de violentar e matar uma menina de 7 anos. O DNA dele será comparado com o do sêmen encontrado no corpo de Rachel Genofre, encontrada morta dentro de uma mala na Rodoferroviária de Curitiba há mais de três anos. Segundo a delegada Vanessa Alice, há muitos detalhes semelhantes entre os crimes, o que aumenta as suspeitas sobre Gonçalves.

"Se o exame der positivo, vamos solicitar outras diligências, mas já teremos definida a autoria, porque será uma prova conclusiva", informou a delegada. Assim como no caso Rachel Genofre, no crime ocorrido em Santa Izabel do Oeste o corpo da menina também foi colocado em uma mala. "Em três anos de investigações, não tivemos nenhum caso em que a vítima foi colocada dentro de uma mala. Isso nos chamou muito a atenção", disse a delegada.

As semelhanças entre os casos não param por aí. Além de as vítimas terem sido postas em malas, os autores enfiaram sacolas plásticas nas cabeças das garotas. Tanto Rachel quanto a menina assassinada no Oeste do Paraná sofreram diversas agressões físicas antes de serem mortas. O perfil das violências sexuais sofridas pelas crianças também é parecido. "A única diferença é que Rachel teve os cabelos cortados pelo assassino", observou Vanessa.

Dentre os retratos-falados elaborados pela polícia ao longo das investigações, um apresenta grande semelhança com Gonçal­­ves. Essas imagens nunca foram divulgadas pela polícia para não prejudicar as investigações. Outro aspecto que chama atenção da delegada é o fato de o suspeito ter morado em Joinville, Santa Catarina, antes de se mudar para o Oeste do Paraná. "Como são cidades muito próximas, ele pode ter passado por Curitiba", aponta Vanessa.

Anteontem, policiais do Centro de Operações Policiais Especiais (Cope) foram à Santa Izabel do Oeste, onde Gonçalves está preso, para interrogá-lo. Segundo a delegada, o suspeito alega que nunca esteve em Curitiba e que não sabe quem era Rachel Genofre. Ainda não há uma data para que a polícia receba o resultado do exame de DNA, mas a delegada ressalta que pediu urgên­­cia ao Instituto de Criminalística.

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