SUS do PR tem o 2º. melhor índice em avaliação do Ministério

O Sistema Único de Saúde (SUS) no Paraná ficou em segundo lugar em avaliação feita pelo Ministério da Saúde e divulgada nesta quinta-feira (1º). O ranking do Índice de Desempenho do Sistema Único do Saúde (Idsus) é encabeçado por Santa Catarina (6,29), seguido do Paraná (6,23) e do Rio Grande do Sul (5,9). Os últimos são o Pará (4,1), Rondônia (4,49) e o Rio de Janeiro (4,58). Apenas nove estados ficaram acima da média do Brasil, que é 5,47. As notas foram calculadas a partir de dados que vão de 2008 a 2010.

Entre as principais cidades do país, Curitiba teve a segunda melhor nota, 6,96, só sendo superada por Vitória 4,33. Entre os 5.563 municípios, 1150 cidades (20,7% dos municípios brasileiros), onde vivem 51,7 milhões de pessoas (ou 27,1% da população brasileira), obtiveram nota abaixo de 5. Apenas 347 municípios (6,2% do total de cidades no país) conseguiram nota acima de 7, sendo que 345 estão no Sul e Sudeste. Mas juntos eles reúnem apenas 1,9% da população brasileira.

O Idsus mede o acesso e a qualidade dos serviços da rede pública no país. A nota varia de 0 a 10 e é calculada a partir de 24 indicadores, levando em conta desde a atenção básica até os procedimentos de alta complexidade. Eles são comparados a parâmetros considerados ótimos e, a partir disso, a nota é calculada. Desses indicadores, 14 avaliam o acesso ao sistema. Outros 10 medem a efetividade, ou seja, a qualidade do serviço prestado. Alguns indicadores mais difíceis de serem medidos, como o tempo de espera por atendimento, não foram considerados.

Entre as cinco regiões do Brasil, o Sul teve o melhor resultado (6,12). Em seguida, vem o Sudeste (5,56), o Nordeste (5,28), o Centro-Oeste (5,26) e o Norte (4,67).

Para calcular o desempenho do SUS em cada cidade do país, os técnicos dividiram os municípios em seis grupos, dependendo da condição econômica e da estrutura de saúde disponível (hospital, posto de saúde, laboratório).

O grupo 1, onde está Curitiba, reúne os 29 municípios com melhor renda e infraestrutura de atendimento, com população total de 46 milhões de pessoas. No outro extremo, o grupo 6, com 23,3 milhões de brasileiros, é formado pelas cidades que não têm estrutura de serviços especializados, como um hospital ou pronto-socorro. A maioria dos municípios brasileiros está nesse grupo, totalizando 2.183. A pequena Fernandes Pinheiro, no Paraná, com 5.932 habitantes, obteve a melhor nota (7,76) do grupo. A menor pontuação ficou com Pilão Arcado, na Bahia, onde vivem 32.815 pessoas. O município obteve 2,5 – o pior resultado do país.

Os dados estão disponíveis no endereço eletrônico do Idsus.