Pacientes com problemas nas próteses de silicone para seios da marca francesa PIP podem procurar atendimento no Sistema Único de Saúde (SUS). Em caso de problemas ou risco à saúde da mulher, a rede pública vai financiar a retirada ou troca da prótese.
De acordo com o Ministério da Saúde, qualquer mulher com problema na prótese mamária, de qualquer marca, pode buscar o atendimento no SUS. O atendimento não é exclusivo para as portadoras do implante com a prótese PIP.
A pasta destaca que a remoção ou troca da prótese só poderá ser feita se indicada por um médico conveniado ao SUS e se o implante apresentar problema ou colocar em risco a saúde da paciente. A rede pública, explica o ministério, não faz cirurgias de implantes mamários para fins estéticos, ou seja, apenas para aumentar o tamanho dos seios.
No último ano, foram usados 1.326 implantes de silicone de diversas marcas em cirurgias reparadoras ou reconstrutivas de mama nos serviços públicos de saúde. Mais de 84% delas nas regiões Sul e Sudeste, conforme dados fornecidos pelo Instituto Nacional do Câncer (Inca), com base no banco de dados nacional do ministério. Cada hospital escolhe e é responsável pela compra dos implantes.
A recomendação do ministério, assim como da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), é que a paciente com implante da Poly Implant Protheses (PIP) procure o médico ou o hospital onde foi operada para avaliar as condições da prótese.
Em comunicado divulgado no último dia 4, a Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica descarta uma remoção preventiva das próteses da marca PIP. Segundo a entidade, não há motivo para pânico.
O governo da França aconselhou 30 mil mulheres a remover os implantes. Autoridades sanitárias do país informaram que a empresa usou silicone não autorizado na fabricação dos produtos, como gel industrial. Nesses casos, o risco da prótese romper ou vazar é maior em comparação ao de outras marcas.
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