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Rio de Janeiro – O deputado estadual Alessandro Molon (PT) deve ter acesso hoje aos laudos do Instituto Médico Legal (IML) com as autópsias dos 19 mortos na operação policial no Complexo do Alemão, na zona norte. No sábado, Molon, que é presidente da Comissão de Direitos Humanos da Assembléia Legislativa do Rio, em visita ao conjunto de favelas, ouviu o relato de uma testemunha de que teria havido execução durante a operação. "Vou pedir amanhã (hoje) à Secretaria de Segurança Pública abertura de investigação para apurar se houve essa execução. Se for o desejo da testemunha, podemos incluí-la no programa de proteção à testemunha", afirmou.

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O pedido de investigação será feito na reunião que o deputado tem amanhã com o subsecretário de Segurança Pública, Márcio Berene. Além de apresentar o caso, Molon fará um relato sobre as reclamações de abuso de autoridade que ouviu na Associação de Moradores da Favela da Grota acompanhado pelo deputado federal Chico Alencar (PSol) e deputado estadual Marcelo Freixo (PSol).

"Temos informações consistente, até de execução, e outras genéricas, provavelmente de difícil apuração. Acho que a secretaria de Segurança Pública fez um gesto positivo em não se opor ao nosso trabalho. Não há desejo de evitar que a verdade venha à tona", disse Molon. Amanhã, o deputado acompanhará o encontro entre nove lideranças comunitárias do Complexo do Alemão e o secretário de Segurança Pública, José Mariano Beltrame.

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O fim de semana foi calmo no Complexo do Alemão. Policiais da Força Nacional de Segurança permanecem nos acessos da favela onde revistam alguns moradores e carros que entram ou saem das comunidades.

As ruas, que ficaram desertas mesmo após a operação, voltaram a ficar cheias. Apesar da aparente normalidade nos acessos, os deputados que visitaram as favelas notaram que há ausência de representantes do estado no interior das comunidades. E notaram a presença de homens armados circulando no bairro.