Rio O ex-PM Anderson Silva de Souza, que era procurado por suspeita de envolvimento na morte do milionário Renné Senna, se apresentou ontem na Delegacia de Homicídios, no Rio. Seu advogado, Júlio Braga, afirmou que seu cliente é inocente e não tem qualquer ligação com o crime. Anderson era ex-segurança de Renné quando o milionário foi morto, em 7 de janeiro deste ano. Na delegacia, no entanto, ele acabou preso em flagrante por estar usando um documento falso, crime com pena prevista de até quatro anos de reclusão. Ao se entregar, ele apresentou uma carteira falsa de perito judicial.
Segundo o advogado, Anderson também teria afirmado que não é amante da viúva do milionário, Adriana Almeida. A mulher de Anderson, Janaína Silva Oliveira, que também tem mandado de prisão expedido e está desaparecida, deverá se entregar até terça-feira, segundo Júlio Braga. Anderson é apontado no Disque-Denúncia como sendo o responsável pelos disparos que mataram o milionário. O ex-PM foi expulso da corporação por envolvimento em crimes. Na casa dele foram encontrados celulares, agendas, um boné da Polícia Militar e três carteiras falsas de perito judicial.
Ele também é suspeito de participar da morte do PM Davi Vilhena. Segurança e homem de confiança do ganhador da Mega-Sena, Vilhena foi morto dia 4 de setembro, na Ilha do Governador. Dois meses antes, a Divisão Anti-Seqüestro havia recebido denúncia de que o milionário seria seqüestrado. Ao saber da informação, Renné demitiu outros três seguranças, entre eles o ex-PM.
Na quinta-feira, dois policiais militares que trabalharam na segurança da viúva e de Renné foram presos. Adriana Almeida também está presa, mas já pediu habeas-corpus.
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