O motorista Marco Antônio Pionkevicz, apontado como responsável pelo atropelamento que levou à morte de Olinda Drabeski, de 83 anos, e a neta dela, Stephany Drabeski, em Curitiba, é ouvido desde as 9 horas no Tribunal do Júri. O atropelamento ocorreu em 21 de dezembro do ano passado, entre as ruas Rosalino Mazziotti e Ildefonso de França, em frente ao Conjunto Novo Mundo, no bairro de mesmo nome.

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A sentença para Pionkevicz deverá ser conhecida até o fim da tarde desta terça-feira. Ela será anunciada pelo juiz Rogério Etzl. Também participam do julgamento o advogado do réu, Murilo H. P. Jorge, que foi nomeado pelo juiz; a promotora Lucia Giacomitti Andrich; cinco testemunhas de acusação e uma de defesa.

A acusação sustenta que Pionkevicz participava de um racha quando atingiu a mulher e a criança. Ele teria abandonado o veículo e fugido sem prestar socorro às vítimas. Pionkevicz foi preso dois dias depois. Ele não tinha habilitação e já respondia por outros crimes. Em um deles ele é suspeito de ter assassinado o próprio pai.

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O Ministério Público do Paraná pede a condenação de Pionkevicz por homicídio qualificado com dolo eventual: ou seja, o réu sabia que sua conduta ao volante implicava risco a outras pessoas e mesmo assim assumiu as conseqüências. O crime é passível de até 20 anos de prisão.

"Se ele for condenado, ele responderá por vários crimes: duplo homicídio, omissão de socorro, por dirigir sem habilitação, por ter fugido do local e pelo racha", explica a promotora. Não é possível estimar quanto de pena deverá ser estipulado, se o caso for de condenação. "Se pegar, deverá ser alta pois são muitos crimes, mas a pena ficará a critério do juiz", explica Lucia.