O chefe do Departamento de Investigações de Crime contra o Patrimônio, Islande Batista, e o delegado Anselmo Gusmão, responsável pelas investigações do caso de Thales Maioline, suspeito de dar um golpe milionário em cerca de dois mil investidores, disseram nesta terça-feira (14) que o suspeito está tentando assumir toda a culpa pelo crime, isentando familiares, amigos e sócios, que também são investigados por participação no golpe.
De acordo com Gusmão, é impossível Thales Maioline ter planejado tudo sozinho. "Ele está assumindo a culpa sozinho. Foi um golpe muito bem feito. O Thales é muito inteligente, mas a forma como foi feito, não dava par ele fazer sozinho", disse. O advogado Moises Arcanjo de Assis, que representa Thales Maioline, disse nesta terça-feira (14) que seu cliente está respondendo todas as perguntas dos delegados e que ele assume toda a culpa pelos crimes.
Ainda segundo o delegado, o suspeito está respondendo apenas as questões que são convenientes para ele. Já foram ouvidas mais de 350 pessoas entre amigos, familiares e vítimas.
A prisão temporária de Thales Maioline vence nesta quinta-feira (16). Os delegados disseram que ainda não sabem se vão pedir a prorrogação da prisão.
Entenda o caso
O homem se entregou à polícia no domingo (12) e foi levado para o Centro de Remanejamento de Segurança Prisional (Cersp) São Cristovão, de acordo com a Polícia Civil. Segundo informações da polícia, ele era procurado desde o início de agosto, quando teve a prisão decretada. O suspeito teria sumido com o dinheiro de investidos atraídos pela promessa de rentabilidade alta. Thales Maioline se apresentou espontaneamente à Seccional Noroeste, no bairro Alípio de Melo e passou por exame de corpo de delito.
O advogado Marco Antônio de Andrade, que defende Maioline, disse o G1 neste domingo (12) que o cliente decidiu se entregar para "dar solução ao caso". "Não fazia sentido continuar onde estava, se tornar um eterno fugitivo não tem razão de ser", falou o advogado.
Maioline era dono da Firv Consultoria e deu entrevista ao jornal Estado de Minas, onde contou ter se refugiado no interior da Bolívia e disse que está pronto para se entregar. Ao jornal, ele afirmou que decidiu se entregar para proteger a irmã e um amigo, sócios da empresa, e que estariam sendo ameaçado de morte. A apresentação espontânea pode atenuar a pena. O jornal diz que a fraude pode chegar a R$ 86,1 milhões.
Quando a prisão dele foi decretada, segundo a polícia, Maioline teria dado o golpe milionário em cerca de 2 mil investidores de varias cidades mineiras. Segundo as investigações, a Firv captava recursos, oferecia altos rendimentos, mas não conseguia pagá-los. A empresa com sede em Belo Horizonte tinha uma ramificação em Araçuaí, no Vale do Jequitinhonha, de acordo com a polícia. Alguns investidores foram investigados por sonegação, por não terem declarado as aplicações ao Imposto de Renda.
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