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O segundo suspeito envolvido na morte do estudante da Fundação Getúlio Vargas (FGV), Júlio César Grimm Bakri, 22 anos, no dia 23 de fevereiro, foi preso, em Cascavel, no oeste do Paraná, no sábado. Valmir Vontino da Silva, 19, estava na casa de um amigo, no bairro Maria Luiza, quando foi encontrado pelas equipes do Centro de Operações Policiais Especiais (Cope), da Polícia Civil do Paraná, e dos agentes paulistanos do 4º Distrito Policial da Consolação, responsáveis pela investigação.

O irmão do suspeito, Francisco Pacheco da Silva, 22 anos, já havia sido detido pelos policiais da capital paulista, quatro dias depois do crime. O assassinato ocorreu no dia 23 de fevereiro em um bar a cem metros da faculdade, na região central de São Paulo.

O motivo do homicídio ainda não foi completamente esclarecido pela polícia. No entanto, de acordo com o delegado paulista responsável pelo inquérito, Paulo Tucci, o suspeito revelou informalmente que resolveu atirar contra os estudantes após ter sido provocado e chamado de "otário" no bar. "Ele será indiciado por homicídio qualificado consumado e tentativa de homicídio", explica Tucci. O preso seria levado para São Paulo ainda na noite deste domingo. O rapaz será ouvido oficialmente apenas na capital paulista. Silva foi apresentado à imprensa pela polícia no Cope, na tarde desse domingo, no bairro Vila Hauer, em Curitiba. Questionado pela reportagem, ele negou todas as acusações. Ele já tem passagem pela polícia por roubo de carga e furto.

O crime

Bakrin, estudante do 4.º ano de Administração da FGV, foi executado a tiros na noite do dia 23 de fevereiro deste ano na região central de São Paulo. Christopher Akiocha Tominaga, 23, colega de turma, também foi atingido, mas tem quadro estável. Os dois estavam em uma mesa na calçada quando dois homens chegaram em uma moto, atiraram diversas vezes na direção dos jovens e fugiram sem levar nada. Segundo testemunhas, os criminosos chegaram em uma moto preta, desceram sem retirar o capacete e entraram no bar, na Avenida Nove de Julho. A dupla fugiu logo depois de disparar contra os estudantes.

Segundo o delegado Ricardo Prezia, também de São Paulo, após ter supostamente sido provocado pelos estudantes, Silva e a namorada foram embora do bar. De lá, o suspeito teria deixado a moça em casa e buscado o irmão para voltar ao estabelecimento. A dupla, então, teria disparado contra os estudantes com uma pistola calibre 45 e um revólver calibre 38. As armas ainda não foram encontradas.

Imagens

As câmeras de segurança de prédios vizinhos ao bar foram essenciais para o desfecho do caso, de acordo com a polícia. "O vídeo foi fundamental porque possibilitou que algumas pessoas nos dessem informações", afirma Tucci.

O delegado se refere a denúncias que levaram a polícia até a região oeste do Paraná. A primeira descoberta dos investigadores foi o endereço da família da namorada de Silva. O pai da moça mora em Foz do Iguaçu. A jovem estava com Silva no bar, quando teria sido provocado pelos estudantes. Outra informação que levantou suspeitas da polícia foi o endereço do pai da vítima, também morador da cidade fronteiriça. Porém, o fato foi apenas uma coincidência para os policiais.

Com a informação de que Silva estava em Foz, o Cope foi acionado pelos policiais paulistas para colaborar nas buscas. O suspeito chegou na cidade em um ônibus de "sacoleiros".

Com a entrada do delegado do Cope, Renato Coelho de Jesus, as equipes acabaram descobrindo que Silva preferiu voltar a Cascavel depois de saber que imagens do crime foram divulgadas. Em Cascavel, ficou na casa do amigo Ederson Pereira Gollman. De acordo com Jesus, os dois negociavam roupas para vender na rua 25 de Março, em São Paulo. Gollman assinou um termo circunstanciado na delegacia de Cascavel por favorecimento pessoal. Segundo a polícia, ele sabia que Silva estava fugindo.

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