O pedreiro José Benedito de Oliveira, pai de J.L.O., de 16 anos, e J.V.O., de 15, encontradas mortas segunda-feira em Cunha, interior de São Paulo, disse à polícia que o principal suspeito do crime, Ananias dos Santos, esteve em sua casa dia 24, um dia após o sumiço das irmãs, pedindo que ele guardasse uma arma.

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Segundo a polícia, pode ter sido uma tentativa de incriminar o pai das vítimas, caso a arma fosse encontrada em sua casa. Oliveira afirmou que ele estava nervoso e pediu para esconder a arma em um monte de lenha. "Disse a ele que fosse embora", afirmou o pedreiro.

A auxiliar de enfermagem de 50 anos que namorava o suspeito do duplo homicídio disse em entrevista que se arrependeu de não ter avisado a polícia logo que recebeu um telefonema de Santos, também na quinta-feira, afirmando saber onde estavam os corpos. "Eu me arrependo amargamente", disse. A polícia suspeita que a mulher tinha ciúme da menina de 15 anos e Santos matou a garota para mostrar que amava a namorada. Uma irmã do suspeito também foi entrevistada e disse que ele não comentou nada sobre o crime. "Não acredito que tenha feito isso. Mas, se fez, tem de ser castigado."

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Santos cumpria pena no Presídio Edgar Magalhães Noronha, em Tremembé, mas fugiu depois de uma saída temporária de Páscoa, há dois anos. Passou a morar com os pais em Cunha, no mesmo bairro das meninas. Ele teve a prisão decretada e está foragido. Foi incluído na lista dos 25 mais procurados do Estado pela Secretaria de Segurança. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.