O assassino confesso do cartunista Glauco, Carlos Eduardo Sundfeld Nunes, de 28 anos, o Cadu, deve ser encaminhado para a Casa de Prisão Provisória de Goiânia (GO) na quarta-feira (3), segundo o delegado Thiago Damasceno Ribeiro.

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Cadu está detido desde a segunda-feira (1°) na carceragem da Delegacia Estadual de Investigação de Homicídios. Ele foi preso por suspeita de latrocínio (roubo seguido de morte) e uma tentativa de latrocínio.

De acordo com o delegado, Cadu nega que tenha cometido os dois crimes, mas assumiu que recebeu dinheiro para transportar um carro roubado. "Ele nega, mas fala que tinha conhecimento que o veículo era roubado. Ele diz que não sabia dos assassinatos", diz Ribeiro.

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Cadu foi preso porque o delegado identificou o a placa do Honda Civic roubado na quinta-feira (28), em uma tentativa de latrocínio. O delegado já estava investigando o crime quando flagrou o carro circulando em Goiânia.

"Temos testemunhas oculares que dizem que viram Cadu atirando", diz Ribeiro, sobre a tentativa de latrocínio da quinta-feira (28).

O Honda Civic estava sendo "guiado" por um Honda Fit que foi roubado no latrocínio de domingo (31). Matheus Pinheiro de Morais, 21, sobrinho de um policial militar, foi baleado e morreu. As testemunhas do latrocínio ainda não foram ouvidas pelo delegado.

Durante a perseguição de segunda-feira (1°), o delegado diz que algumas testemunhas relatam ter visto Cadu pulando do carro ainda em movimento. "Ainda não recolhi esse depoimento porque alguns transeuntes não foram identificados", explica Ribeiro.

Os carros estavam parados no trânsito quando o delegado abordou os suspeitos. Cadu conseguiu dar ré e avançou sobre uma calçada, segundo o delegado. Ele bateu o carro em um muro e tentou fugiu a pé.

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Visita do pai

Na noite de segunda-feira (2), Cadu recebeu a visita do pai na delegacia.

Segundo o delegado, o pai disse que Cadu usa drogas, mas que desconhecia a prática ilícita. Na visita, o pai entregou remédios e roupas ao filho.

Cadu confessou em 2010 que assassinou o cartunista Glauco Vilas Boas e o filho dele Raoni Vilas Boas, em Osasco (SP).

Há três anos, ele recebeu autorização da Justiça para deixar a clínica psiquiátrica onde estava internado para receber tratamento para esquizofrenia e retornar para a casa de seus pais.

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O contato de Cadu com a família de Glauco ocorreu pela igreja Céu de Maria, fundada pelo cartunista e que segue rituais do Santo Daime, entre eles com o uso de chá alucinógeno.

A investigação da polícia apontou que ele estava em surto psicótico, que teria sido agravado pelo consumo de drogas.

Depois de ter sido reconhecido pela mulher de Glauco, uma das testemunhas do crime, Cadu confessou os assassinatos.