O homem que foi preso por suspeita de ser o sequestrador em fuga que atropelou e causou a morte de um casal em uma moto no Bairro Alto, em Curitiba, apresentou à polícia gravações que, segundo a defesa dele, o inocentam da acusação. Hélio Ricardo Raposo Santos Júnior, 22 anos, foi preso - motivado por um retrato falado - pela Delegacia de Delitos de Trânsito (Dedetran-PR) na última quinta-feira (9) e solto cinco dias depois do crime.

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A reportagem entrou em contato com a defesa de Santos Júnior, mas o advogado Walter Basso disse que prefere não se pronunciar por telefone. Ele apenas confirmou que apresentou as imagens à polícia e ressaltou que as gravações confirmam a inocência do seu cliente.

As imagens apresentadas pela defesa foram veiculadas no telejornal Paraná TV 2ª Edição, da RPC-TV, na noite desta quarta (15). Os registros mostram um homem que seria Santos Júnior chegando à casa da mãe, às 20h54 do dia 4 de maio de 2013. Às 22h19, do mesmo dia, o mesmo homem sai acompanhado de uma criança, que seria o filho dele, e a mulher. As 22h28, conforme a defesa do suspeito, um carro que seria o dele deixa o condomínio.

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O crime aconteceu no último sábado (4), às 22h10, segundo imagens de uma câmera de segurança em um dos prédios da região em que a batida ocorreu. A defesa do suspeito de ter cometido o crime alega que ele ainda estava na casa da mãe neste horário.

Além disso, o próprio suspeito disse, em entrevista ao mesmo telejornal, que as testemunhas não reconheceram ele como sendo autor do crime. "Me colocaram uma roupa igual a do retrato falado, moletom preto, coloquei o capuz, a vítima não me reconheceu, de primeira, falou que não era eu", disse.Outro lado

O delegado titular da Dedetran, Armando Braga, ressaltou que a prisão do suspeito foi pedida apenas depois de haver o reconhecimento do autor por parte das vítimas. "Lembrando que as vítimas e a testemunha que presenciou a fuga do causador do local do acidente reconheceram esse rapaz com 100% de certeza, sendo que as vítimas inclusive fizeram até o reconhecimento vocal", defende Braga.

O delegado confirmou o recebimento das imagens e disse que determinou a realização de uma perícia técnica para verificar a autenticidade das gravações. "Essas imagens serão periciadas para verificar se não foram editadas. A polícia não tem o menor interesse em reprimir alguém que seja inocente", disse.

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