Um espanhol suspeito de tráfico internacional de drogas foi preso pela Polícia Federal, na manhã de hoje, por lavagem de dinheiro num apartamento triplex avaliado em R$ 3 milhões, próximo à praia da Barra da Tijuca, zona oeste do Rio.

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Oliver Ortiz De Zarate Martins, 35, acumulava bens móveis e imóveis estimados em R$ 20 milhões no Rio de Janeiro. Além do apartamento luxuoso na Barra, o espanhol ainda tinha uma mansão recém-comprada por cerca de R$ 4 milhões no Joá, também na zona oeste.

Martins foi surpreendido pela polícia, por volta das 6h, quando ainda dormia em sua casa. Não houve reação. Ele deve ser ouvido na tarde de hoje na DRE (Delegacia de Repressão a Entorpecentes), na Superintendência da Polícia Federal do Rio.

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Segundo o delegado da DRE, responsável pelo caso, Paulo Teles, a investigação para prender o estrangeiro começou há pouco mais de um ano, depois que a polícia australiana apreendeu um veleiro com 300 quilos de cocaína no país - vindo da Colômbia. Martins seria o negociador e fornecedor da droga.

O Brasil, no entanto, não estaria na rota do suposto traficante. A investigação aponta que o roteiro era sempre marítimo da Colômbia para a Austrália e países da Europa.

"Conseguimos a prisão preventiva dele através da Justiça Federal do Rio, ontem à noite. Todos os bens dele já foram bloqueados", disse Teles.

O espanhol vivia legalizado no Rio como empresário, desde 2009. Ele é casado com uma brasileira e tem um filho. Não tem registro de passagem pela polícia, nem no Brasil, nem no exterior. Martins tinha uma academia, um restaurante e uma boate na Barra. Todos os espaços estavam sem funcionar. Apenas a sede da mesma boate -The Room- continuava aberta. Ele também tentava vender dois terrenos em Queimados, município da Baixada Fluminense."Isso é só o que a gente tem confirmado. Pode ter muito mais negócios por aí" afirmou o delegado.

Na garagem do triplex do traficante foram apreendidos duas caminhonetes Hilux e uma moto Harley-Davidson. Uma Ferrari -que havia acabado de ser comprada pelo espanhol- também foi recolhida numa concessionária da Barra. Ela só não saiu da loja porque estava sem seguro.

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