Um homem e uma mulher acusados de queimar vivo o professor de Geografia Antônio Carlos de Paula, 49 anos, no último dia 1.º, em Curitiba, foram presos pela polícia na manhã de ontem. Na casa do suspeito foram encontrados a moto, o capacete, os documentos do veículo e as botas da vítima. Na residência da mulher, a polícia achou pedras de crack, que seriam para venda. Os dois moram no bairro Parolin.
Segundo a delegada-chefe da Delegacia de Homicídio de Curitiba, Maritza Haise, existe a suspeita de que o professor teria ido comprar droga, houve um desentendimento entre eles e, por isso, foi morto. Outra hipótese para o crime é de latrocínio (roubo seguido de morte). "Vamos pedir a quebra de sigilo bancário da vítima para saber se foi sacado dinheiro depois que ela foi morta e quanto foi retirado da conta", explica.
Os dois suspeitos foram interrogados ontem. A mulher é acusada de ter emprestado um veículo para que o crime fosse realizado. A delegada procura por um terceiro suspeito, pois, segundo testemunhas, havia mais um homem no carro que levou o professor.
O caso
Antônio Carlos de Paula foi agredido e queimado na madrugada do dia 1.º, no bairro Hauer. Ele teve queimaduras por todas as partes do corpo, foi levado ao hospital, mas não resistiu aos ferimentos e morreu. Testemunhas contaram à polícia que a vítima foi levada por um carro. Os autores do crime tiraram o professor à força do veículo e atearam fogo em seu corpo.
O professor costumava retornar do colégio por volta das 18h30. No dia do crime, a esposa dele contou à polícia que chegou em casa às 20h30 e ele não estava mais lá, assim como sua moto e um relógio.
A irmã da vítima disse que monitorou a conta do professor pela internet e detectou que foram feitos um pagamento com o cartão de débito, no valor de R$ 30, em uma lanchonete no Sítio Cercado, e um saque de R$ 150 em uma agência bancária no Novo Mundo.