Suspeitos de favorecer quadrilha, secretário e funcionários da prefeitura de Foz do Jordão são presos

• 0

Uma operação da Polícia Civil de Guarapuava envolveu mais de 180 policiais civis e militares na prisão de uma quadrilha da cidade de Foz do Jordão (distante a 350 quilômetros de Curitiba). O alvo foi uma organização criminosa que praticava furtos na região e é suspeita de três homicídios. O secretário de Administração da cidade, Fabiano de Oliveira, foi um dos presos. Ele é suspeito de auxiliar a organização criminosa. A ação também abrangeu os municípios de Mangueirinha, Candói e Reserva do Iguaçu, todos na região Centro-Sul do estado.

A quadrilha foi descoberta após três homicídios ocorridos no fim do ano passado e em janeiro deste ano serem relacionados. Foram oito meses de investigações e mais de 400 horas de escutas telefônicas para chegar ao esquema de funcionamento da quadrilha.

Quatro pessoas comandavam e planejavam os homicídios e roubos a casas e chácaras da região. Além dos mandantes, haviam pistoleiros – pessoas contratadas para ameaçar e até matar inimigos – e colaboradores que informavam a movimentação da polícia ou das vítimas das ações criminosas.

Um dos colaboradores seria o secretário de administração do município, Fabiano de Oliveira. De acordo com a Polícia Civil, Fabiano teria favorecido materialmente um dos pistoleiros do bando. “O secretário não tem envolvimento com os homicídios e roubos, contudo ele deu morada e alimentação a um dos acusados como pistoleiro”, destacou o delegado de Polícia Civil de Guarapuava, Alyson Henrique de Souza, que comandou a operação.

Outros dois funcionários da prefeitura de Foz do Jordão foram presos; também acusados como colaboradores do esquema. De acordo com Souza, um deles era funcionário da garagem da prefeitura, estrutura que fica ao lado do posto da Polícia Militar na cidade, e era responsável por avisar sobre a movimentação dos policias.

Até a tarde desta quarta-feira (16), 36 pessoas haviam sido detidas. De acordo com o delegado que comandou a operação, outros envolvidos que estão citados no inquérito de associação criminosa devem se apresentar nos próximos dias.