Os quatro rapazes acusados de matar o padre Nilson Brasiliano José foram apresentados às 14 horas desta segunda-feira (25), na delegacia de Araucária, na região metropolitana de Curitiba. Welito Model Levi, 18 anos, Wilian Fernandes Model Levi, 19, Mauricio Anacleto, 22, e Vanderlei Rodrigues, 25, porém, ficaram quietos e não confessaram o crime. Eles são acusados de latrocínio, roubo seguido de morte.

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Mesmo sem a confissão, para o delegado Rubens Recalcati, a polícia tem certeza que os detidos cometeram o assassinato do padre. "O crime está solucionado. Todos (os acusados) são usuários de drogas e o que chamou a atenção foi a violência usada pelos jovens. A faixa de idade deles, de 18 a 25 anos, também é preocupante. Uma rapaziada nova dessas matar por R$ 400, R$ 500...", afirmou o delegado.

De acordo com Recalcati, os jovens teriam matado o padre por que eram conhecidos do religioso. "Eles pensaram que o padre iria denunciá-los, mas foi uma burrada, porque a polícia chegou até eles do mesmo jeito", definiu. O padre Nilson Brasiliano José foi morto a facadas na noite de sexta-feira (22), mas o corpo do sacerdote foi encontrado apenas no domingo (24).

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Os quatro suspeitos estão presos na delegacia de Araucária e vão ficar à disposição da Justiça.

Homenagens

O corpo do padre Nilson Brasiliano José foi velado, na manhã desta segunda-feira (25), na Paróquia São Gabriel de Fazenda Rio Grande, na região metropolitana de Curitiba, onde foi pároco por sete anos. Padre Nilson também recebeu homenagens na Paróquia Nossa Senhora da Conceição, em Agudos do Sul, município em que exercia o sacerdócio há quatro meses. O corpo do padre será sepultado entre as 16h30 e 17h desta segunda, no Cemitério Água Verde em Curitiba.

O caso

O corpo do pároco foi encontrado somente na manhã de domingo (24), amarrado e abandonado em uma localidade rural, a cerca de 10 quilômetros do centro de Araucária.

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Os detidos eram conhecidos do padre. Eles teriam se encontrado no início da tarde de sexta-feira no centro de Araucária e os quatro ganharam uma carona. O padre passou na Caixa Econômica Federal, retirou uma quantia em dinheiro e todos seguiram para uma chácara que o pároco tinha no bairro Costeira.

Na chácara, os acompanhantes do padre - três dos quais já teriam passagem pela polícia por furto de veículos - teriam encontrado uma corda e decidido amarrar Brasiliano, forçando-o a repassar-lhes a senha da conta bancária. Depois colocaram o padre em um veículo pertencente ao padre e seguiram para o banco, onde retiraram R$ 400.

O padre teria sido morto naquela mesma noite e o corpo, coberto de galhos e capim, abandonado em uma encosta íngreme na estrada que liga a BR-476 (Rodovia do Xisto) à localidade rural de Tietê.

Na noite de sábado (23), o carro foi visto em um bairro próximo ao centro de Araucária e, como a polícia já tinha informações do desaparecimento do padre, o vidro foi quebrado para ver se ele não se encontrava dentro do veículo ou do porta-malas. Como não havia ninguém, a Polícia Civil, a Polícia Militar e a Guarda Municipal passaram toda a madrugada percorrendo o município, encontrando o corpo por volta das 7 horas da manhã.

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