Os dois homens suspeitos de ter participação na chacina de Piraquara, na região metropolitana de Curitiba, que ocorreu na última sexta-feira (22), prestavam serviços para Jorge Grando, um dos homens mortos. Eles foram ouvidos na delegacia de Piraquara na tarde de segunda-feira (25) e foram liberados em seguida.
Um dos suspeitos é mecânico e prestava serviços para a vítima. Ele já cumpriu pena de 8 anos por roubo. O segundo homem ouvido pela polícia é servidor municipal da prefeitura de Pinhais e trabalhava como caseiro na chácara de Jorge Grando. Os nomes dos dois homens que prestaram depoimento não foram divulgados. Eles negaram participação no crime. Ao todo, oito pessoas já foram ouvidas pela polícia.
Investigações
A polícia ainda não descartou as hipóteses de latrocínio (roubo seguido de morte), vingança, e outras duas que ele prefere manter em sigilo para não atrapalhar as investigações. Nenhum objeto parece ter sido levado, mas, como a casa estava totalmente revirada, a polícia acredita que os criminosos estavam em busca de dinheiro. A suspeita é de que os irmãos Grando guardavam na chácara o que era arrecadado com a venda dos loteamentos (a área pertencia a eles há pelo menos duas décadas).
Enterro
Os corpos dos ambientalistas Jorge e Antônio Grando foram enterrados na manhã de segunda-feira (25) no Cemitério Bom Jesus dos Passos, em Piraquara, na região metropolitana de Curitiba. Os dois estavam entre as vítimas da chacina ocorrida no município na sexta-feira (22), que deixou outras três pessoas mortas.
Valdir Vicente Lopes foi velado até a manhã de domingo (24) e será cremado assim que sair a autorização judicial. Gilmar Reinert foi sepultado no domingo no cemitério Santa Cândida, com a presença de mais de 50 integrantes do Motoclube Bodes do Asfalto, do qual participava. Já Albino Silva, que tem familiares no Rio Grande do Sul, seria enterrado nesta segunda-feira em São Leopoldo.
No enterro dos irmãos Grando, diversos membros de ONGs e da Funai compareceram para prestar homenagens. Cerca de 20 índios da aldeia Araçaí também homenagearam os ambientalistas com uma dança típica. Os dois foram velados na Câmara Municipal de Pinhais no domingo.
A chacina ocorreu no fim da noite da última sexta-feira na chácara do ambientalista Jorge Roberto Carvalho Grando, de 53 anos, ex-secretário de Meio Ambiente de Pinhais cidade vizinha a Piraquara e de seu irmão, Antônio Luis Carvalho Grando, de 46 anos. Os dois foram assassinados com tiros na cabeça. O local, um condomínio de chácaras, era dividido entre pelo menos 22 proprietários, que tinham o sonho de viver em um local ambientalmente correto.
Também foram mortos o funcionário da Sanepar Albino Silva, de 39 anos, o empresário Gilmar Reinert, de 50 anos, e o agente penitenciário Valdir Vicente Lopes, de 49 anos. Os dois últimos negociavam a compra de lotes para viver no local.
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