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Violência no RJ

Suspeitos jogam bomba caseira em rua de Copacabana, diz polícia

Suspeitos jogaram uma bomba de fabricação caseira na Rua Raul Pompéia, em Copacabana, na Zona Sul do Rio, na tarde desta quarta-feira (2). As informações são do coronel Marcos Jardim, comandante de policiamento da capital.

De acordo com testemunhas, o alvo dos suspeitos seria um ônibus da linha 455, da Viação Verdun.

O artefato, porém, não atingiu o veículo e, de acordo com as primeiras informações, ninguém ficou ferido.

Já segundo o relações-públicas da Polícia Militar, capitão Ivan Blaz, o artefato é semelhante a uma "cabeça de negro" (um tipo de bomba artesanal). Segundo ele, no entanto, a ação ainda não pode ser classificada como uma nova retaliação do tráfico.

A Polícia Militar permanece com 70 homens do Batalhão de Operações Especiais (Bope) e do Batalhão de Choque no Pavão-Pavãozinho: "A PM entrou sem data para sair".

Ainda segundo o capitão, o policiamento em Copacabana está reforçado com homens do 19° BPM (Copacabana) e 23° BPM (Leblon).

Ônibus Incêndiado

Depois de um dia tenso em Copacabana, na Zona Sul do Rio, quando um ônibus foi incendiado e o comércio teve que ser fechado em alguns trechos do bairro, nem todas as lojas abriram nesta quarta, com receios de novas ameaças do tráfico no Pavão-Pavãzinho.

Desde segunda-feira (30) a Polícia Militar ocupa essa comunidade e a do Cantagalo para a implantação da Unidade de Polícia Pacificadora (UPP). Segundo a PM, há indícios de que os crimes registrados nos últimos dias sejam uma retaliação à ocupação da polícia.

Na Rua Sá Ferreira, em um dos acessos ao morro, o policiamento foi reforçado. Poucos moradores e comerciantes quiseram dar declarações ao G1, que percorreu a região. José Orlando, dono de um bar que fica em frente à subida da favela, contou que teve que fechar as portas às 13h de terça-feira (1º) -normalmente ele encerra o expediente depois da meia-noite. O prejuízo, segundo ele, foi grande:

"Quem vai pagar? Difícil, a gente já ganha pouco, mas tem que meter a cara e abrir, porque tem muita conta para pagar", desabafou.

Na mesma rua, uma joalheria abriu as portas mais tarde nesta quarta. O dono também contou que saiu prejudicado com por conta do fechamento na terça.

"Em plena época de Natal, é muito prejuízo. Em 39 anos de comércio aqui, nunca tive esse problema", disse Arnaldo Júnior.

Policiamento reforçado

Segundo o relações-públicas da Polícia Militar, capitão Blaz, a operação no Pavão-Pavãozinho vai continuar com a PM e o Bope, e tem como objetivo prender traficantes, além de drogas e armamento.

Nesta quarta foram apreendidas quatro granadas, dois carregadores de metralhadora, um carregador de fuzil, munição e radiotransmissores.

Mais um ônibus em chamas

Na Avenida Nossa Senhora de Copacabana, próximo à rua Rainha Elizabeth, onde um ônibus foi incendiado na terça-feira, pedestres olhavam assustados o estrago que o incêndio fez na fachada de um supermercado.

A comerciante Christine Kieling, sócia de uma loja de fotografia que fica em frente ao local do incidente, contou que viu a fumaça de longe e quando chegou o fogo já tinha tomado o ônibus.

"Senti medo pelo o que a gente está passando, porque nós é que estamos presos e não os criminosos. E também senti revolta. Não aguento mais ficar à mercê de bandidos", disse ela.

Uma funcionária do supermarcado contou que houve pânico e tanto clientes como os empregados abandonaram o local e saíram correndo.

Na tarde de terça (1º), um ônibus foi incendiado em Copacabana. De acordo com a polícia, um homem, suspeito do crime, teria queimado o pé.

No entanto, capitão Blaz informou que os presos não apresentam queimaduras no corpo. Ele ressaltou que seria prematuro afirmar que os supeitos tenham participado do incêndio.

Segundo a PM, os suspeitos seriam moradores do Pavão-Pavãozinho e do Cantagalo. Na ação no Jardim de Alah, um outro menor teria conseguido fugir.

De acordo com o capitão da PM, os presos responderão por associação ao tráfico de drogas. Eles foram encaminhados para a 14ª DP (Leblon).

O ônibus, da viação Real, ficou totalmente destruído. Não há informações de vítimas.

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