Encontre matérias e conteúdos da Gazeta do Povo
saúde pública

Suspensão da Anvisa provoca falta de medicamento em hospitais do Paraná

Hospitais do Paraná estão com falta de cálcio intravenoso, medicamento fundamental em cirurgias e no tratamento de pacientes internados. Alguns têm estoque apenas para um ou dois dias.

A falta do produto é atribuída a uma suspensão da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), que foi feita no início desta semana.

Após análises laboratoriais, a agência proibiu a venda de quatro lotes de gluconato de cálcio do principal laboratório produtor do país, o Isofarma, que é responsável por cerca de 80% da oferta do medicamento.

Por causa disso, distribuidores registram falta do produto e aumentaram o preço. Uma empresa que vendia a ampola a R$ 1,15, por exemplo, agora cobra R$ 4,50.

Hospitais estão racionando o produto e tendo que encontrar substitutos. Até agora, porém, não há relatos de interrupção do atendimento por causa do problema.

No Hospital Evangélico, o estoque do medicamento está nas últimas unidades e há falta na reposição. De acordo com a assessoria de imprensa, o medicamento pode acabar a qualquer momento.

A reportagem da Gazeta do Povo tentou entrar em contato com os hospitais Cajuru, Trabalhador, Hospital de Clínicas e Erasto Gaertner, mas ninguém foi localizado para informar se o medicamento está em falta nesses locais.

A Anvisa diz que foi alertada sobre a situação no Paraná e vai pedir à Isofarma que explique se reduziu ou parou a fabricação do gluconato.

A agência também diz estar preparada para avaliar a importação do medicamento caso o desabastecimento se confirme.

A reportagem entrou em contato com a Isofarma, mas ninguém respondeu até este sábado (26). Outros Estados (São Paulo, Minas Gerais, Bahia e Pernambuco) também foram questionados pela reportagem se havia falta do medicamento, mas nenhum registrou o problema.

A suspensão dos quatro lotes da Isofarma nesta semana foi motivada por análises laboratoriais que indicaram a presença de objetos estranhos no gluconato, além de resultados insatisfatórios na esterilidade do produto (ou seja, a possibilidade de haver bactérias contaminantes).

A Isofarma já teve um lote do mesmo produto retirado de circulação no final do ano passado, depois que oito pessoas morreram por suspeita de infecção em Minas Gerais e no Paraná.

Todos os pacientes receberam alimentação intravenosa com o gluconato do laboratório. As investigações ainda não concluíram se as mortes tiveram relação com o medicamento.

Use este espaço apenas para a comunicação de erros

Principais Manchetes

Receba nossas notícias NO CELULAR

WhatsappTelegram

WHATSAPP: As regras de privacidade dos grupos são definidas pelo WhatsApp. Ao entrar, seu número pode ser visto por outros integrantes do grupo.