6º CBUC - Debate de encerramento será aberto ao público
As mudanças climáticas são um dos problemas ambientais que mais têm causado preocupação nos últimos tempos. Solucionar essa questão envolve a participação de todos, por isso o debate que encerra o 6º CBUC será aberto ao público.
No debate será discutido o papel das áreas protegidas na manutenção do equilíbrio climático global e no combate ao desmatamento. Participam o ex-deputado Fábio Feldmann, idealizador do Fórum Brasileiro de Mudanças Climáticas e secretário-executivo do Fórum Paulista de Mudanças Climáticas e Biodiversidade; Tasso Rezende de Azevedo, consultor do Ministério do Meio Ambiente e integrante da equipe do governo federal para a COP15; e Antonio Donato Nobre, pesquisador titular do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa).
Serviço
6º CBUC até 24 de setembro, no ExpoUnimed (Rua Professor Pedro Viriato Parigot de Souza, 5.300). O debate que encerra o evento ocorre às 13h30 e é aberto ao público. Mais informações: www.fundacaoboticario.org.br.
Quando o assunto é aquecimento global, logo se pensa em grandes sacrifícios para reduzir as emissões de dióxido de carbono e, assim, salvar o planeta. Mas, como lembrou o empresário Miguel Krigsner, presidente do Conselho Curador da Fundação O Boticário (realizador do evento), em entrevista coletiva à imprensa durante o primeiro dia de atividades do 6.º Congresso Brasileiro de Unidades de Conservação (CBUC), não é necessariamente o planeta, mas os seus habitantes, que estão correndo perigo. "A Terra conseguirá se refazer sozinha, mas dificilmente nós conseguiremos sobreviver às mudanças que estão ocorrendo nessa velocidade."
De fato, a rotina das pessoas sofrerá algumas alterações. Mas, para a maioria dos conferencistas que participaram do evento ontem, será para melhor. Uma sociedade sustentável é mais saudável, mais humana e, principalmente, mais igualitária. Por outro lado, o aumento da temperatura da Terra poderá comprometer significativamente a sobrevivência humana. A falta de alimentos, a proliferação de doenças infecciosas e uma crise econômica brutal, causada pela escassez de recursos naturais, são alguns perigos.
Segundo o professor norte-americano Robert Constanza, diretor do Instituto de Ecologia Econômica da Universidade de Vermont (EUA), em sua palestra sobre como integrar a conservação da natureza e o desenvolvimento econômico, há uma visão catastrófica de como será o futuro porque esse é o retrato que costuma ser descrito pela mídia. "Quantos filmes mostram uma imagem boa do futuro? Precisamos criar essa imagem nas nossas cabeças, de como será viver em um mundo sustentável de fato, para começar a agir."
O climatologista José Marengo, do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), lembra que o aquecimento global é um processo natural e que as atividades humanas não são as únicas causas para as mudanças climáticas. "São essas atividades, no entanto, que estão acelerando um processo que demoraria milhares de anos para acontecer. Enquanto estivermos aqui, é importante fazer o possível para manter o planeta habitável. Temos a capacidade de nos adaptar a situações adversas, mas a adaptação tem um custo muito alto. Quem vai pagar essa conta?"
Brasil como protagonista
Para Malu Nunes, diretora executiva da Fundação O Boticário, o Brasil tem plenas condições de assumir o papel de protagonista nas discussões globais que envolvem a questão climática. Um dos principais objetivos do evento deste ano é elaborar um documento com uma posição dos especialistas reunidos no congresso para contribuir e influenciar as decisões que serão tomadas pelo Brasil na 15.ª Conferência das Partes da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP15), em dezembro, na Dinamarca. As regras definidas na COP15 entram em vigor em 2012 e vão definir o que o mundo vai fazer em relação às mudanças climáticas daí em diante. "Acreditamos que o Brasil pode e deve fazer mais. Na sexta-feira, já começamos a fazer a divulgação e estaremos lá em Copenhague", conta.
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